The Kinsey Report

Por Roani Rock

Bem vindo à mais uma categoria de conteúdo disponibilizado pela The Rock Life pra você, amante da boa música, mais precisamente do rock e metal.

Toda semana iremos indicar bandas, digamos, desconhecidas no grande cenário e pouco mencionadas nacionalmente. A ideia é apenas espalhar o som de bandas diferentes, “novas” (bem, excepcionalmente essa semana traremos uma banda antiga) e que não tiveram espaço aqui. Tentaremos focar naquelas que tiveram álbuns que não foram resenhados ainda. Do rock clássico ao metal extremo, aqui vale de tudo. Traremos uma breve explicação da banda e álbuns essenciais da discografia, sem muita aprofundação, o conceito do “Banda da Semana” é apenas disponibilizar novos nomes a vocês. Aproveitem.

QUEM SÃO?

Nossa banda de hoje é o The Kinsey Report, de Indiana nos Estados Unidos, que é formada por irmãos e tem como band leader o lendário guitarrista Donald Kinsey. O Kinsey Report, que é uma banda de Blues, lançou vários discos de sucesso de 1984 a 1999, e o guitarrista desfrutou de um trecho frutífero enquanto operava fora da música de sua família também. Em meados dos anos 70 até o início dos anos 80, ele se tornou um dos melhores guitarristas de reggae de todos os tempos, gravando vários discos clássicos com Bob Marley e Peter Tosh. Os outros membros da banda são Ralph (bateria), Kenneth (baixo) e o amigo da família Ron Prince (guitarra base).

POR QUE VOCÊ DEVE ESCUTAR?

Eles surgiram em 1984, em uma década que o Blues era um gênero que não estava mais nas cabeças, mas que recobrou vida através de alguns nomes de peso, como Stevie Ray Vaughan. O primeiro disco é de 1988 e, como Donald já era conhecido, é fácil se interessar pelo trabalho dos caras. O Blues que eles fazem soa como o gueto norte americano e bem moderno, tem mais groovie e ginga que qualquer outro e eles abriram uma trilha moderna de músicas poderosas e originais para rádio que agarram tanto os fãs de blues obstinados quanto os roqueiros que amam guitarra turbinada e vocais de tremer os ossos. Cantam sobre as lástimas da vida e relacionamentos de forma mais alegre, mas o seu maior hit é o sofrido e lento Full Moon On Main Street, que traz belas linhas de guitarra de Donald, cheia de solos chorosos.

QUAL ÁLBUM VOCÊ DEVE ESCUTAR?

De prontidão, indico o primeiro: Edge Of City. Eles possuem seis álbuns que vão na mesma linha clássica do som de blues oitentista que lembra bastante os feitos em décadas anteriores, mas que dá para reconhecer como pertencente aos 80’s. O primeiro é meu preferido e confesso que por muito tempo achei que a banda só tinha esse disco. Quando descobri os outros, foi como se minha mente explodisse, porque a qualidade é inquestionável e a voz de Donald é tão presente quanto seus riffs e solos de guitarra.

Edge Of The City tem muitas músicas que te pegam de primeira. Poor Man’s Relief é a canção mais dançante que faz jus às questões de rotina que a banda aborda durante o álbum. O baixo também tem muito destaque nas músicas da banda, em I Can’t Let you go e Give Me What I Want, Kenneth rege bem toda parte musical. As quebradaças Lucky Charm e Back Door Man são contrastadas pela safada The Game Of Love, bluesão raiz. A finalizada com Corner Of The Blanket faz a gente se ver de volta ao começo do álbum. Muito bom.

A banda só melhora nos álbuns seguintes. Sem me estender muito, o álbum de 89, Midnight Drive é uma continuação do ótimo trabalho apresentado em Edge Of The City, e é bom você escutar na sequência. Destaque pra faixa título, bem porrada e dançante, propícia pra pegar um carro e fazer uma viagem. O de 1998, Smoke and Steel, é o melhor disco dos caras: melhores músicas, melodias e o vocal de Donald, assim como os toques de sua guitarra, está no auge. Até o EP de 2013 é excepcional e cheio de qualidade, principalmente porque, segundo Donald, foi uma homenagem aos amigos que morreram durante a jornada da banda que segue ativa e provavelmente pós pandemia vai retomar as turnês.

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