Por Lucas Santos
Surrender é o terceiro álbum de estúdio do quarteto que usa o amor por Thin Lizzy, Kiss e UFO de forma clara e direta, distribuindo um som clássico do rock and roll que vai das referências sonoras até a imagem dos músicos.
Lucas Santos
Confira mais Rock em 2020:
Seether – Si Vis Pacem Para Bellum
Blues Pills – Holy Moly!
Norah Jones – Pick Me Up Off The Floor
Hayley Williams – Petals For Amor
The Night Flight Orchestra – Aeromantic
The Strokes – The New Abnormal
Gravadora: Century Media Records
Data de lançamento: 4/09/2020

Gênero: Rock N’ Roll
País: Suécia
Os roqueiros suecos do Dead Lord são uma banda recente, mas apesar de terem começado a sua jornada em 2012, eles deixaram claro desde sempre que queriam ter nascido em uma época diferente. Surrender é o terceiro álbum de estúdio do quarteto que usa o amor por Thin Lizzy, Kiss e UFO de forma clara e direta, distribuindo um som clássico do rock and roll que vai das referências sonoras até a imagem dos músicos.
Essa abordagem “moderna/retro” tem sido bem utilizada por algumas bandas (sendo a melhor delas o The Hellacopters), e o Dead Lord usa as mesmas interpretações em sua sonoridade. Ouvimos um som alegre, bem dançante, com guitarras meio distorcidas e um rock bem solto e libertino. Mesmo não sendo o meu som favorito, a banda me chamou a atenção e apesar de Surrender não ser mil maravilhas, vale a pena ter uma citação aqui.

Grande parte do álbum toca aquele rock n’ roll familiar, mas que tenta ser apresentado em novos moldes; embora não seja o álbum mais original, ele compensa ao manter um bom nível de qualidade ao deslizar a nata da colheita de suas influências e combiná-las em um som sólido. Evil Always Wins e Gonna Get Me mergulham em influências do Thin Lizzy. Authority tem uma vibe hard com um refrão mais pegajoso ao estilo Kiss dos anos 70.
The Loner’s Way e Dystopia, esta última a minha favorita, são mais energéticas, e aqui as guitarras gêmeas choram de alegria e arrebentam. Confesso que a primeira audição foi bem esquecível, mas a medida que fui escutando outras vezes o álbum me prendeu mais. Os suecos trazem, acima de tudo, uma vibe bem interessante em todas as suas músicas, não se pode negar que a proposta foi muito bem feita.
O que o álbum sofre é uma repetição nas fórmulas das faixas, com muito do material soando semelhante entre si, ao ponto do álbum se misturar um pouco demais. Existem momentos espalhados que imediatamente se destacam, como a minha faixa favorita e as outras supracitadas. Uma vez que você se familiariza com o álbum, você pode escolher as preferidas, mas, para um ouvinte casual, o álbum provavelmente parecerá uma longa experiência de 40 minutos ao invés de 10 faixas diferentes.
Surrender é um bom álbum, nostálgico e divertido. A falta de músicas mais impactantes podem, de certa forma, atrapalhar, assim como a semelhança entre outras. Não é o melhor material deste tipo mais específico de som que você pode encontrar, mas se você procura uma bose dose de nostalgia e cansou de ouvir o The Hellacopters, Dead Lord pode ser uma boa pedida.
Nota final: 6/10
22 comentários sobre “REVIEW: DEAD LORD – SURRENDER”