Review: Marilyn Manson – We are Chaos

Por Jon Doliver (Debaixo do Chão)

“Assim como os últimos discos, você não vai receber uma sonoridade barulhenta, agressiva e com o Manson gritando. Nesse disco ele faz uma abordagem mais sombria e triste que aqui mesmo você pode chamar Marilyn Manson de gótico, mas não pensa que você vai ouvir um Sisters of Mercy e The Cure da vida, é um gótico moderno e diferente. E ainda sim, acho um disco fraco, não é ruim, mas é legalzinho em certos momentos.”

Jon Doliver

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Gravadora: Loma Vista
Data de lançamento: 11/09/2020

Gênero: Rock Alternativo, Rock Gótico, Rock Eletrônico
País: Estados Unidos

É claro que ele lançou esse álbum em 11 de Setembro, já era de se esperar do papai Manson. Sobre a capa, é uma das poucas coisas daora que salvam esse disco, é uma arte feita pelo próprio Manson que é uma bela arte, eu gosto das artes dele, galera pode zoar que ele faz artes como se fosse de alguém do manicômio, mas o que é um pintor se não um louco com pincel e cores? É legal, daria uma camisa bacana, tem uma estética bacana, e reflete um pouco o tom do álbum que é meio dark e deprê, é uma capa boa.

Pra dar contexto, mas não totalmente, pois estamos falando de Marilyn Manson, todo mundo sabe quem é Marilyn Manson, até minha mãe sabe. Mas iriei darcontexto sobre a discografia recente dele, que isso sim vale a pena! Ele mudou bastante depois do Holy Wood, que foi quando a “fase de ouro” dele acabou, mas ele continuou fazendo umas coisas interessantes que não chegavam no mesmo nível, mas que valem a pena por ele ser um artista influente (eu mesmo acho que Heaven Upside Down se tornou um dos melhores discos da carreira). Ele se tornou um artista menos “agressivo/raivoso”, mas que pelo menos não fazia mais do mesmo. Na minha visão se tornou um artista mais Pop, não literal, mas de fazer o passado soar Metal e hoje dia ser Pop sabe? Ainda é um artista de Rock e que eu tenho bastante admiração!

Assim como os últimos discos, você não vai receber uma sonoridade barulhenta, agressiva e com o Manson gritando. Nesse disco ele faz uma abordagem mais sombria e triste que aqui mesmo você pode chamar Marilyn
Manson de gótico, mas não pensa que você vai ouvir um Sister of Mercy e The Cure da vida, é um gótico moderno e diferente. E ainda sim, acho um disco fraco, não é ruim, mas é legalzinho em certos momentos.

Tem umas faixas e momentos que salvam e se tornam um pouco memoráveis como a Perfume que é a minha faixa favorita, o que não significa muita coisa, não é uma faixa que vou ouvir por exaustão, mas de todas é a que mais gosto pela pegada dos vocais agudinhos que ele sempre fez que eu adoro. Tem a faixa título We Are Chaos que define totalmente a vibe do álbum, que é uma faixa mais deprê e pra baixo, como tudo nesse disco.

Assim, eu disse tudo o que eu tenho que dizer sobre esse disco, se for pra falar mais seria descrever cada faixa, mas isso vocês podem fazer e pra mim não valeria a pena, eu só estaria enchendo linguiça. O que posso dizer é que esse álbum no papel é bacana, a ideia e a estética são realmente interessantes feitas pelo Manson, mas na execução se torna fraco e ok… E antes que vocês pensem que eu sou um fã Hard da fase de ouro e que estou “chutando cachorro morto” saibam que eu achei realmente bom o The Pale Emperor que é um discão de Blues e amei o Heaven Upside Down que inclusive estou pensando em adquirir em CD de tanto que eu gostei. Mesmo não sendo ruim, eu diria que é o pior álbum por tabela do Marilyn Manson, no meu ranking da discografia, claro.

Nota final: 06/10

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