Por Lucas Santos
A primeira metade do álbum é realmente muito vibrante e animada. Loud And Alive é uma ótima faixa de abertura, cheia de potência e atitude Punk Rock. As faixas seguintes carregam a mesma energia inicial e o início atinge o ápice com a canção Into The Mud, com uma bateria viceral, de execução simples mas muito forte.
Lucas Santos
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Gravadora: AFM Records
Data de lançamento: 31/07/2020

Gênero: Hard Rock
País: Suécia
Fundado em 2010, o quarteto feminino do Thundermother nunca fugiu de suas referências. O som formado em volta dos riffs do AC/DC, atitude Punk Rock e energia do Motörhead é uma marca registrada da banda. O som 70s reinventado com o Hard Rock moderno sempre funcionou bem para elas, e mesmo não sendo uma banda fantástica e fora de curva, sempre foi muito divertido de ouvir.
As meninas do Thundermother tem grandes planos com uma base sólida. O que a banda busca no novo álbum Heat Wave é um som ainda mais grooveado, mais recheado e mais energia, uma veradeira onda de calor. Esse mix especial cria uma sonoridade que atrai fãs de Rock ‘N’ Roll, Blues, Punk e música pesada. Esses planos chegam a funcionar no quarto trabalho de estúdio mas acabam esbarrando em problemas que qualquer banda que tenta fazer o que elas fazem. Eu explico aqui em baixo.

A primeira metade do álbum é realmente muito vibrante e animada. Loud And Alive é uma ótima faixa de abertura, cheia de potência e atitude Punk Rock. As faixas seguintes carregam a mesma energia inicial e o início atinge o ápice com a canção Into The Mud, com uma bateria viceral, de execução simples mas muito forte. A faixa título quebra um pouco o andamento, com uma pegada mais Blues perdendo um pouco de energia.
Driving In Style é o “último suspiro” da ótima primeira parte. Free Ourselves tem uma pegada bem AC/DC e um dos riffs mais legais de todo o álbum, mas a partir daqui o nível cai muito. O resto é muito parecido, tenta ter a mesma pegada, mas as músicas simplesmente não funcionaram para mim. Não são ruins, o álbum todo é bem redondo e vai direto ao ponto, mas o fim perde bastante intensidade e termina quase sem fôlego.
Os problemas com Heat Wave são básicos. Por mais energética e grooveada a música soe, existe uma mesmice que é difícil de se expandir no Hard Rock. Com isso, e com o fato do álbum ser longo – 50 minutos – e ter uma falta de variação dentro das músicas, tudo acaba se tornando bem repetitivo em poucas audições. Um forte começo acaba se perdendo e fazendo com que o fim seja bem arrastado e tedioso.
Ainda sim o Thundermother consegue entregar uma boa dose de Hard Rock direto e sem floreios. As meninas não conseguiram sair da quase inevitável armadilha quando se toca o gênero. Mesmo assim, Heat Wave vai agradar aos ferozes fãs do estilo que sempre buscam um “mais do mesmo” diferente.
Nota final: 7/10
2 comentários sobre “Review: Thundermother – Heat Wave”