55 Anos De Slash – 10 Momentos Marcantes Da Carreira Do Guitarrista da Cartola

Por Lucas Santos e Roani Rock

Saul Hudson é Slash, o guitarrista do Guns N’ Roses, uma referência sem procedentes e atemporal desde o fim dos anos 80, que nesta quinta feira está completando 55 anos.

Aclamado pela da crítica mundial, em vários tempos recebeu honrarias e reconhecimento, em 2005, Slash foi nomeado o melhor guitarrista de todos os tempos pela revista Esquire, em 2007 a revista Metal Hammer o chamou de “o senhor dos riffs“, na quarta edição do Golden Gods Awards. Em 2008, Slash ficou em vigésimo primeiro lugar na lista da Gigwise dos “50 Maiores Guitarristas da História”, no ano seguinte ele foi vice-líder na lista dos “10 Melhores Guitarristas” feita pela revista Time. Em 2011, a revista Rolling Stone o deixou em sexagésima quinta posição em sua lista dos “100 Maiores Guitarristas de Todos os Tempos”.

Mas a que se deve tamanha relevância? É certo que seu nome, forma de vestir, timbragem e eco de seus riffs e solos ressoam de uma forma que essa pergunta pode ser respondida apenas por imagens, ou trechos de músicas. Mas esmiuçar isso seria de extremo bom gosto, então resolvemos trazer 10 grandes momentos de sua carreira.

10 – O CAMINHO ATÉ A GUITARRA EM TRÊS INSTRUMENTOS

Esse primeiro feito na verdade é mais uma curiosidade. O primeiro instrumento que Slash tocou foi bateria. Aos cinco anos de idade, ele era o batera em uma peça teatral natalina da escola onde estudou na Inglaterra. Mas a partir do momento em que decidiu formar uma banda com seu melhor amigo da escola, Steven Adler que já era baterista, ele resolveu escolher um instrumento de cordas, primeiramente seria o baixo, mas quando começou a frequentar uma escola de música e ouviu seu professor tocar guitarra pela primeira vez, ele decidiu que também queria tocar guitarra definitivamente.

9 – GUITAR HERO III: LEGENDS OF ROCK

A forma bem caricata de se vestir caiu como uma luva para a terceira edição do jogo Guitar Hero. Slash virou um personagem jogável e garoto propaganda para a marca, o que potencializou as vendagens do jogo, a compra dos discos das bandas ao qual participou – neste ano acabava de sair o segundo álbum do Velvet Revolver, Libertard. E principalmente sua fama e a vontade dos garotos de virarem guitarristas como ele, apesar de ter confessado que o jogo não trazia a sensação real de tocar guitarra. Foi uma das melhores formas de introduzir o guitarrista as novas gerações de roqueiros.

8 – BIOGRAFIA

Sua autobiografia lançada em 2008 também foi um feito interessante, como foi um ano após o lançamento do jogo que o tornou ainda mais popular, foi a melhor forma de fazer as biografias voltarem a ter um peso. Os fãs do Guns N’ Roses finalmente puderam conhecer profundamente o músico e os bastidores, quem é leigo pode descobrir que Slash desde novo teve contato com super astros do Rock por conta de sua mãe ser figurinista e seu pai ter desenvolvido capas de discos. Os guitarristas também conseguiram descobrir que tipo de pedais usar, as pentatônicas e quais influências desenvolveram o estilo do guitarrista.

7 – ROCK IN RIO II

A banda mais aguardada do evento se apresentou em 2 dias na edição de 1991 do evento, e fez uma dos seus melhores shows em todos os tempos na primeira noite de sua apresentação, que foi a primeira com o baterista Matt Sorum e o tecladista Dizzy Reed. Algumas das músicas apresentadas eram inéditas, e seriam lançadas nos álbuns Use Your Illusion I Use Your Illusion II no final do ano. Foi também o primeiro contato de Slash e banda com o público brasileiro. A banda voltou ao evento em outra ocasiões, sem o guitarrista, mas certamente a primeira aparição foi a mais marcante daquele ano e de todos os festivais.

6 – PARTICIPAÇÕES COM MICHAEL JACKSON

Dividir o palco com Michael Jackson não é pra qualquer um. Uma das mais notáveis participações de Slash com o Rei do Pop foi em seu especial de 30 anos de carreira, aonde eles tocaram juntos Black Or White e Beat It, porém, em diversas outras ocasiões, ambos iriam dividir o palco, o que rendeu performances memoráveis e engraçadas, como a pegadinha do vídeo acima.

5 – NOVEMBER RAIN

Atualmente November Rain é um dos poucos clipes à atingirem mais de 1 bilhão de visualizações no Youtube. Na época do seu lançamento, a música foi um dos singles que impulsionaram as vendas dos álbuns Use Your Illusion II e II. O épico de quase 10 minutos tem passagens marcantes, tanto visuais e sonoras, mas o solo de Slash em frente a igreja é certamente um dos momentos mais marcantes da história do Rock N’ Roll. Apenas estando vivo na época é que se pode entender o tamanho da banda no início dos anos 90.

4 – ÁLBUM SOLO

Esse foi o primeiro trabalho solo de Slash. Além de iniciar um projeto que explodiria em pouco anos, em especial, o debut contou com diversas participações especiais, incluindo três dos membros da era Appetite for Destruction do Guns N’ RosesIzzy StradlinDuff McKagan e Steven Adler

Além dos já conhecidos parceiros de ex-banda, o guitarrista contou com uma turma pesada de músicos que participaram ao longo das 14 faixas do álbum: Ozzy Osbourne, Chris Cornell, Fergie, M. Shadows, Myles Kennedy, Ian Astbury, Iggy Pop, Lemmy Kilmister e mais. Além de apresentar músicas que viraram hits e são executadas até hoje nos shows – Back From Cali, Ghost, Starlight, Doctor AlibiSlash construiu uma parceria sólida com Myles Kennedy, o baixista Todd Kerns, e o baterista Brent Fitz, que no álbum seguinte seriam colectivamente referidos como Myles Kennedy and The Conspirators

3 – VELVET REVOLVER

Após o fim do Guns N’ Roses muitos se perguntaram qual caminho o guitarrista e os demais membros demitidos e que saíram da banda iriam traçar. Chegado o ano de 2002 essa dúvida foi sanada, os ex-membros do Guns –  Slash, Duff McKagan, Matt Sorum e Izzy Stradlin (posteriormente substituído por Dave Kushner, ex-membro da banda de hardcore punk Wasted Youth), se juntaram a Scott Weiland, ex-vocalista do Stone Temple Pilots, que tinha acabado de deixar o STP.

Eles se encontraram em um rancho chamado Santa Margarita e por lá ficaram fazendo som sem um vocalista definido por hora, na real ter tido a vontade de trazerem um vocalista fez Izzy sair da banda. Tornando assim o Velvet Revolver possivelmente a única banda da história que jamais se apresentou com sua formação original. Com a vinda de Scott eles começaram a compor e o resoltado veio em 2004 com o lançamento do forte álbum Contraband que tem os maiores sucessos da banda, Dirty Little Thing, Set Me Free, Slither e a brilhante Fall To Pieces.

A banda seguiu até o ano de 2008, após a tour do lançamento do segundo álbum Libertad que foi até tão bom quanto o primeiro disco. A questão é que a banda entrou em conflito com Scott Weiland, que foi expulso. A banda nunca chegou a se declarar acabada, mas tanto Slash quanto os demais não conseguiram candidatos a altura de Weiland para assumir os vocais, em função disso declararam um hiato que provavelmente vai perdurar mais anos já que Slash e Duff voltaram ao Gun’s e Matt Sorum segue com o The Cult e outros projetos.

2 – MYLES KENNEDY AND THE CONSPIRATORS

Devido à boa resposta que o primeiro disco solo teve, o guitarrista entrou em turnê para divulgar o trabalho. Com a ajuda dos já mencionados Myles Kennedy and The Conspirators, os parceiros de Slash não só viraram a sua banda que o acompanha até os dias de hoje, como renderam mais três incríveis álbum de Hard Rock; Apocalyptic Love (2012), World On Fire (2014) e Living The Dream (2018), esses dois últimos são dois dos melhores álbuns de Hard Rock da década.

Slash featuring Kennedy and The Conspirators foi uma das coisas mais imporantes que aconteceram no Rock N’ Roll nos últimos tempos, além de casar com a carência que os fãs de Guns N’ Roses estavam pela escasses de material novo e a incerteza da volta, Slash deu um “impulso” para que o mundo conhecesse uma das mais belas vozes da era moderna, Myles Kennedy.

1 – GUNS N’ ROSES

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