PASSOU BATIDO – Review: Paradise Lost – Obsidian

Por John Doliver (Debaixo do Chão)

O que o Paradise Lost tem feito desde 2015 não foi voltar às suas raízes extremas, eles na verdade resgataram e continuam reinventando seu som. Acredito que Obsidian consiga agradar até os fãs mais antigos da carreira da banda como quem gosta do Gothic e Shades of God e ainda se manter novo podendo ser um ótimo começo pra quem quer mergulhar na discografia gigante da banda e apreciar um forte, melódico e sombrio álbum de Gothic Metal.

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Gravadora: Nuclear Blast
Data de lançamento: 15/05/2020

Gênero: Gothic/Doom Metal
País: Estados Unidos

Pra começar pela capa, como geralmente faço. Não curti muito, achei ok, é uma arte daora e bonita, mas em minha opinião parece mais uma imagem de contra-capa, do que a capa em si. Não sei se é o tanto de elemento, os tons, a falta de uma figura explicita que essas caveiras não me convencem…acho que é muito elemento na tela, mas não deixe isso formar sua expectativa, o disco é muito bom, vai por mim.

Mesmo tendo uma discografia gigante (que eu escutei toda para me preparar para essa resenha e foi trabalhoso!) o Paradise Lost ainda consegue inovar com seu rótulo de Gothic Metal e Doom com ótimos discos, e esse aqui não é uma objeção. Obsidian é um ótimo e meio sombrio/melancólico álbum na longa carreira da banda. O álbum tem uma pegada bem gótica com nuances de Doom Metal Melódico na mesma vibe do The Plague Within (2015), mas menos pesado e “Doomzão”, porém mais melódico e pregado de passagens emocionais escuras. Em minha opinião, por menos pesado que seja, acho melhor que o The Plague (que olha, é um ótimo disco também), mas não supera o Medusa (2017), que ainda bem que eu analisei a discografia deles pra descobrir tanto álbum preferido. Entretanto, Obsidian continua sendo um ótimo álbum, ele tem um presença forte do sentimento da tristeza como o auto intitulado de 2005, mas por conta da pegada de quase Death/Doom nas primeiras escutadas, tinha me lembrado o último álbum do Swallow The Sun, mas se você assim como eu for ouvir esse álbum pra comparar, vai enxergar o Obsidian com menos tristeza porque aquele álbum é um som de luto (literalmente).

O disco ao meu ver tem ótimos momentos em todas as faixas, seja um refrão cantando ou gritado com qualidade por Nick Holmes (alías, adoro o “oooh uh” que ele faz em Hope Dies Young, me lembra coisa de Gothic Rock, muito bom), um riff que te prende pela sensação lenta que passa ou pelos solos do Gregor Mackintosh, os quais continuam se mantendo destacáveis mesmo depois de 15 álbuns, além claro da quantidade de riffs maravilhosos. A sonoridade do álbum é bem redonda, não tem uma faixa com algum tipo de riff exuberante de diferente (a faixa que menos gostei foi Serenity por não ter algo de destacável, mas é um Doom com guturais legal), no máximo o som de baixo em Ghosts que tem uma pegada meio Muse/Nine Inch Nails (não tô dizendo que todas as faixas são iguais, só a pegada), mas de resto o disco se mantém nessa ambientação gótica e depre, onde pode parecer que estou comentando como se fosse algo ruim, mas não, eu vejo o disco como um grande faixa de 56 minutos, então te faz manter numa mesma emoção por bastante tempo com alguns momentos reflexivos/de glorias como solos, etc, mas eu gostei bastante do disco.

O que o Paradise Lost tem feito desde 2015 não foi voltar as suas raízes extremas, eles na verdade resgataram e continuam reinventando seu som, acredito que Obsidian consiga agradar até os fãs mais antigos da carreira da banda como quem gosta do Gothic e Shades of God e ainda se manter novo podendo ser um ótimo começo pra quem quer mergulhar na discografia gigante da banda e apreciar um forte, melódico e sombrio álbum de Gothic Metal.

Se eu pudesse, compraria esse disco pra ser mais um da minha coleção de
CDs. Não chega a ser um dos meus discos favoritos, mas é outro ótimo disco
do Paradise Lost que merece sua atenção, pois a banda tá longe de parecer
sem criatividade e sem rumo. Eu acabei não dando destaque em alguma faixa em especifico por comentar do álbum em geral, mas como falei, é um ótimo disco, vale a pena ouvir ele todo e dar replay várias vezes. Se você quer um norte, escute Fall From Grace (não é um cover do Morbid Angel), que acho o ponto mais alto do disco, define bem o que Obsidian se trata. Se você gostar dessa faixa, com certeza vai se sentir satisfeito com o resto do material.

Nota final: 9/10

Palavras de John Doliver (Debaixo do Chão)

5 comentários sobre “PASSOU BATIDO – Review: Paradise Lost – Obsidian

  1. E Paradise Lost volta para o pêndulo para algo mesclado com Goth Rock/Darkwave; obviamente que não ficou algo Depeche demais como antes, e isto que é ótimo, nunca igual. Nunca me decepciona, quando vejo, tá lá de novo o pé nas trevas. hahaha

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