Review: Firewind – Firewind

Por Lucas Santos

Embora Gus tenha sido o âncora do Firewind desde o início, houveram muitos vocalistas ao longo dos anos. A mais recente adição a essa lista é Herbie Langhans (Avantasia, Sinbreed, Radiant), se juntando à banda para o seu auto-intitulado nono álbum.

Lucas Santos

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Gravadora: AFM Records
Data de lançamento: 15/05/2020

Gênero: Power Metal
País: Grécia

Sinceramente não sou conhecedor de toda a extensa discografia do Firewind. A banda porém, que está na ativa desde o fim dos anos 90, “revelou” um dos maiores nomes da guitarra no metal mundial nos últimos anos, o virtuoso Gus G. O guitarrista já fez parte do lineup de Ozzy Osbourne e tocou em um álbum de estúdio – Scream (2010) – com apenas 29 anos de idade, além de ter uma ótima discografia solo e diversas participações e faixas de bandas importantes dentro do metal.

Embora Gus tenha sido o âncora do Firewind desde o início, houve muitos vocalistas ao longo dos anos. A mais recente adição a essa lista é Herbie Langhans (Avantasia, Sinbreed, Radiant), se juntando à banda para o seu auto-intitulado nono álbum.

Mesmo com os vocalistas que entram e saem, o som principal da banda permanece o mesmo: metal melódico com trabalhos fervorosos de guitarra por toda a parte. Gus oferece riffs memoráveis e uma infinidade de solos destruidores. Enquanto a banda segue tecnicamente perfeita durante todo o processo, o excesso de notas, que muitas vezes me tirou o interesse, tem uma atenção redobrada. É claro que existe um exagero aqui e ali, solos extravagantes e bumbo duplo desnecessário, mas embora o core seja esse, em Firewind há um cuidado especial nas melodias e construções sonoras. A voz de Langhans se encaixa bem com o Firewind. Ele tem muito alcance, mas também é capaz de cantar mais pausadamente e lento.

Eles quebram tudo bem ao estilo power metal em Welcome To The Empire, Devour e Rising Fire, dando a entender que esse será o teor principal do álbum. Felizmente existe uma mudança de tempo em Break Away e na bela Longing to Know You que trazem um sabor diferente ao banquete e de certa forma deixam as coisas mais épicas.

Eu gosto muito também quando eles desaceleram, músicas como Space Cowboy e Overdrive – com uma pegada bem Holy Diver – acenam com o passado, tem uma pegada mais hard rock e refrão construtivo que cresce junto da música. Isso tudo incorporado em um álbum com elementos contemporâneos, além de oferecer uma abordagem mais atemporal.

Aos maravilhados por trabalhos virtuosos de guitarra e musicalidade extravagante, o Firewind não decepciona. Mesmo exagerando em alguns aspectos, eles vão muito bem quando diminuem o ritmo e criam algo mais agressivo, sem perder a melodia. Não sei ao certo aonde esse álbum se encaixaria na discografia deles, mas tenho certeza que vai alegrar muitos fãs de heavy/power metal.

Nota final: 7,5/10

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