Review: Honey Creek – A Whole Year In Transit

Por Lucas Santos

O dicionário define “cativante” como:” (de uma música ou frase) instantaneamente atraente e memorável” e com 10 faixas em menos de 25 minutos, o que recebemos é uma exurrada de pop punk da melhor qualidade, extremamente cativante e que de alguma forma se linkam no todo, basicamente contando uma história de frustrações adolescentes, de Milwaukee e relacionamentos.

Lucas Santos

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Gravadora: D.O.G.D Records
Data de lançamento: 17/04/2020

Gênero: Pop Punk
País: Estados Unidos

Não muito tempo atrás, ainda no mês de Abril, eu escrevi essa frase de conclusão no álbum de lançamento da banda Chief State. “Com menos de 30 minutos, o Chief State maneja lançar um obra de pop punk quase perfeita. Em pleno 2020 eles podem fazer barulho, mas imagino se tivessem surgido na época que o gênero dominava o mundo seria gigantes. Demonstram uma maturidade equivalente à décadas de grupo. A nostalgia e a modernidade caminham explendorosamente lado a lado em Tough Love, sem se tornar repetitivo e datado. Um álbum essencial para todos que curtem o estilo… poderia ser maior, pena.”

Eu poderia usar essas mesmas palavram para descrever o debut do Honey Creek, banda de Milwaukee, que entrega em A Whole Year In Transit um trabalho pra lá de maduro e atraente.

Foi difícil encontrar informações do jovem quinteto, em sua página no bandcamp eles se definem apenas como “Pop-punk from Milwaukee, WI”. Bem, a verdade é que não poderia ser mais direto que isso. Sem rodeios, o que o Honey Creek se dispõe a fazer é o melhor e mais competente nostálgico pop punk – aquele que nos faz lembrar dos nossos tempos de escola e dos dramas intermináveis que passavamos enquanto assistíamos MTV com o cabelo caindo no rosto.

O dicionário define “cativante” como:” (de uma música ou frase) instantaneamente atraente e memorável” e com 10 faixas em menos de 25 minutos, o que recebemos é uma exurrada de pop punk da melhor qualidade, extremamente cativante e que de alguma forma se linkam no todo, contando uma história de experiências pessoais que falam de frustrações adolescentes, Milwaukee e relacionamentos.

Apesar das letras não conversarem diretamente comigo, sinto que de alguma forma posso me conectar com algumas linhas de por exemplo, A Break From Action e Vibe Check. É meio óbvio também que o som da banda não é nenhuma novidade, ninguem espera por isso, o assunto em questão é a qualidade em que essas referências são destribuidas na mesa, as vezes soando melhor que muitas delas. Temos uma vibe bem What’s My Age Again na faixa Long Beach Island, o pop punk mais direto do All Time Low em The Time It Took, e diversos outros momentos que, para os fãs mais conhecedores de bandas no estilo, conseguem captar de onde veio.

Depois de inumeras repetições ainda tive dificuldades de escolher a minha faixa favorita, difícil passar por apenas uma delas, o curto tempo de duração ajuda também, mas o disco é para ser escutado na íntegra, várias e várias vezes.

A Whole Year In Transit é um dos melhores trabalho de pop punk que ouvi em anos. Mesmo se comparado com os recentes trabalhos de grande bandas, os meninos de Milwaukee dão um banho. Juntos dos canadenses do já citado Chief State, não consigo mensurar o barulho que o Honey Creek faria se tivesse surgido nos anos 2000. Boas lembranças.

Nota final: 8,5/10

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