Review: HellgardeN – Making Noise, Living Fast

Por Lucas Santos

Hoje o Hellgarden é uma grande promessa na emergente safra de revelações da nova onda do metal nacional, buscando não só o mercado nacional mas também o internacional, a banda acerta em cheio no som que foi feito em seu debut.

Lucas Santos

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Gravadora: Brutal Records
Data de lançamento: 10/04/2020

Gênero: Thrash/Groove Metal
País: Brasil

Hellgarden é 100% brasileira, formada em 2015. Os membros Caick Gabriel (guitarra) e Matheus Barreiros (bateria) tocam juntos em diversos projetos próprios desde seus 11, 12 anos de idade. Juntando forças mais tarde com outro amigo da cena local Diego Pascuci (Vocal) em 2015, este foi o começo do que se tornaria definitivamente o a banda em 2017 com a entrada de Guilherme Biondo (baixo).

Recebendo feedbacks extremamente positivos em festivais e shows nos anos seguintes, no começo de Janeiro de 2020, a banda anunciou ter assinado contrato com agravadora norte americana Brutal Records , contrato que possibilitou a expansão de horizontes e divulgação do álbum de estreia Making Noise, Living Fast.

Hoje o Hellgarden é uma grande promessa na emergente safra de revelações da nova onda do metal nacional, buscando não só o mercado nacional mas também o internacional, a banda acerta em cheio no som que foi feito em seu debut. Com a banda despejando toda a sua energia em cada faixa do disco e tocando cada instrumento, cada detalhe e cada parte das músicas sem edições ou uso de samples, eles conseguiram, com a ajuda da vasta experiência do produtor Lisciel Franco e do americano Alan Douches, conhecido por masterizar discos icônicos (Motorhead, Sepultura), um som cru e brutal.

O Hellgarden empurra ouvido à baixo um thrash cru e sujo com fortes referências ao groove metal do Pantera e do Lamb Of God. Os ferozes vocais de Diego lembram a todo instante dos melhores momentos de Phil Anselmo, Caick é mestre em brincar com os efeitos da distorção, principalmente nos solos, o som do baixo de Guilherme estala e a batida animalesca de Matheus completa com os mais variados tempos e quebradas dando a combinação ideal as faixas.

Seja em momentos mais diretos como em Fuck the Consequences ou em faixas mais longas e trabalhadas como Brainwash, percebemos à todo tempo essas características que servem de embasamento durante o álbum. Eles não diminuem o ritmo, e quando diminuem – fazendo breakdowns tão empolgantes quanto os do Nighmare Logic (2017) do Power Trip. – a brutalidade e agressividade ainda estão lá. O resultado final é de 8 fucking faixas, uma mais brutal que a outra.

O Hellgarden encontrou um modo especial de fazer com que Making Noise, Living Fast seja uma estreia marcante. Misturando as referências do metal noventista, do groove metal moderno e executando tudo isso da forma mais áspera, violenta e visceral possível, temos um novo nome que pode levar a voz do metal nacional ao mundo.

Nota final: 8,5/10

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