Por Lucas Santos
A cada nova versão, os suecos acrescentam uma pitada de dureza, novas influências inovadoras sem perder de vista suas melodias cativantes. Aqui, o hard rock se mistura com o metal melódico e sinfônico sempre com poderosas guitarras e baterias turbinadas.
Lucas Santos
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Gravadora: AFM Records
Data de lançamento: 3/04/2020

Gênero: Metal Melódico
País: Suécia
Apesar de The Dark Delight ser o sétimo disco de estúdio do Dynazty, essa foi a primeira vez que realmente me aprofundei no seu som. Me lembro de ter dado uma breve passeada por Firesign (2018) e algumas outras faixas isoladas. Ao que me pareceu, e parece, eles tem um som bem definido, e mantiveram essa sonoridade ao longo da carreira. Hoje a banda é composta por músicos altamente respeitados e procurados, ativos na cena do metal de mais de uma maneira. O baixista Jonathan Olsson também pode ser visto em Lindemann e Pain, o guitarrista Love Magnusson e o baterista Georg Härnsten Egg viajam frequentemente com lendas do rock como Dee Snider e Joe Lynn Turner, enquanto o cantor Nils Molin pode ser
ouvido e visto em todo o mundo com a ascensão da banda sueca Amaranthe.
Formada em 2008 na capital sueca, eles tem no extraordinário cantor Nils Molin, além de ótima instrumentação e arranjos, o grande trunfo para permancer na ativa com uma certa relevância até hoje. A cada nova versão, os suecos acrescentam uma pitada de dureza, novas influências inovadoras, sem perder de vista suas melodias cativantes. Aqui, o hard rock se mistura com o metal melódico e sinfônico, sempre com poderosas guitarras e baterias turbinadas.
Não há dúvidas de que tudo que o Dynazty faz é extravagante, seja da bateria sempre pulsante focada nos pedais duplos ao excesso de sintetizadores e coros épicos. As guitarras gêmeas chamam a atenção em algumas passagens como em The Black, que tem um refrão de pegada até mais “pop”, e pelos ótimos riffs em From Sound To Silence – que tem cantos guturais de Molin-. Os solos técnicos e emotivos em Heartless Madness e Waterfall, mostram que nem tudo é só porrada e epicidade. A verdade é que o som de The Dark Delight e da banda em geral, é fácil de definir – o que não significa que não seja fácil de executar… não mesmo-.
O cantor Nils Molin sobre o álbum.
Fizemos todas as paradas, não aplicamos socos desnecessários e não contivemos nada com isso. The Dark Delight é a visão completa
do que essa banda sempre quis ser. A partir desta data, o resto do mundo poderá ouvir por si mesmo o quão bom o Dynazty realmente é, com esses imensos e encharcados riffs monstruosos de rock que será impossível parar de jogar!

The Man And The Elements tem um riff com pegada folk, que traz algo diferente e mais uma vez tem nos trabalhos das guitarras o seu grande trunfo. The Road To Redemption é mais agressiva e a faixa título, que finaliza o álbum, é uma síntese de tudo que foi mostrado anteriormente.
Talvez os longos 53 minutos podem ser cansativos, ainda mais com um tipo de sonoridade que não tem muitas mudanças e segue uma receita bem padrão. Confesso que depois de algumas audições ficou difícil destinguir algumas faixas, não por serem repetitivas, mas por serem muito parecidas. No fim, acabei pulando algumas delas e fiquei com as minhas favoritas.
The Dark Delight é um banho de técnica e melodia. A extravagância é presente à todo momento e o épico e magnífico som do Dynazty vai te levantar da cadeira, passando uma mensagem bem positiva. Certamente feito para um público específico e que vai agrada-los bastante. Não é melhor nem pior que nenhum outro grupo por aí, apenas é mais uma opção interessante.
Nota final: 7/10
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