Review: Allen/Olzon – Worlds Apart

Por Lucas Santos

Sem muito esforço é possível notar que a qualidade musical e técnica dentro de Worlds Apart é acima do normal. Os timbres das guitarras de Magnus são especiais e os solos poderosos. Anette está bem solta e Allen dá um show, mostrando o porque ainda é um dos melhores vocalista do metal.

Lucas Santos

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Gravadora: Frontiers Records
Data de lançamento: 6/03/2020

Gênero: Heavy Metal Melódico
País: Estados Undidos e Suécia

A colaboração de Anette Olzon (ex-Nightwish) e “Sir” Russell Allen (Symphony X, Adrenaline Mob e Ayreon) pode, à primeira vista, parecer mais uma junção louca que a Frontiers faz de vez em quando. Anette participou de dois álbuns com o Nightwish – sendo Imaginaerum (2011) o mais notável deles – e atualmente divide o seu tempo como enfermeira, seu projeto solo e o The Dark Element. Já Russell Allen é o “cara” por trás da banda de metal progressivo Symphony X há mais de duas décadas e além de outros projetos paralelos, tem uma discografia de 4 álbuns em colaboração com Jørn Lande em um outro projeto similar da Frontiers, o Allen/Lande.

O “terceiro membro” que devemos citar desse projeto é o multi-instrumentista Magnus Karlsson, que já passou por diversas bandas e projetos (muito mesmo que não vale a pena citar, dá uma olhada em sua página do Wikipédia) tendo um maior destaque no Allen/Lande e fazendo parte do Primal Fear desde 2007. Magnus é responsável pelas guitarras, teclados e baixo, parte instrumental que é completa por Anders Köllerfors na bateria.

Sem muito esforço é possível notar que a qualidade musical e técnica dentro de Worlds Apart é acima do normal. Os timbres das guitarras de Magnus são especiais e os solos poderosos. Anette está bem solta e Allen dá um show, mostrando o porque ainda é um dos melhores vocalista do metal. Quando me deparei com esse projeto eu não tive muitas dúvidas de que iria encontrar bons momentos porém a minha maior preocupação era se soaria algo mais artificial do que orgânico, em partes eu estava certo.

A faixa título é o melhor exemplo de quando tudo funciona em conjunto, da entrada simples no piano à batida da bateria mais poderosa e a conversa dos vocalista durante os versos e no refrão, algo que volta a se repetir já no final com My Enemy. Momentos solos existem, em I’ll Never Leave You Anette canta sozinha e a abertura Never Die é comandada por Russel.

As três faixas iniciais ditam o que virá em sequência. As 11 faixas compostas no álbum são boas, bem produzidas com performances incríveis mas elas não tem aquele boost especial. São músicas fáceis de ouvir e com melodias simples que grudam, mas longe de se tornarem memoráveis na medida com que as audições vão passando. O resultado final é mais orgânico que artificial, apesar das boas composições e ótima escrita, a parte “artificial” ainda fica nítida e não deixa o álbum explodir de vez.

Worlds Apart é um ótimo projeto. A improvável junta de Russell Allen e Anette Olzon deu liga, os problemas apresentados pelo álbum foram os que eu tinha pensando antes mesmo de ouvir. Aos amantes de metal sinfônico e melódico vão passar um bom tempo aqui, talvez um passatempo até o próximo álbum do Nightwish. Allen/Olzon tem até um potencial interessante, apesar de eu achar que dificilmente eles vão se reunir pra fazer algo junto denovo.

Nota final: 7/10

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