Review: Gotthard – #13

Por Lucas Santos

Contando com Firebirth (2012), #13 é o quarto álbum dessa “nova fase” da banda suiça, os três trabalhos anteriores não passaram de bons mas foram facilmente esquecidos ao longo desses anos por mim e nunca entraram na minha setlist mental de “músicas para se escutar do Gotthard“.

Lucas Santos

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Gravadora: Nuclear Blast
Data de lançamento: 13/03/2020

Gênero: Hard Rock
País: Suiça

Ainda me lembro perfeitamente da notícia da morte de Steve Lee. Quase no fim de 2010 o rock perdia um dos maiores frontman que já existiu. A voz, carísma, presença de palco e principalmente a facilidade de escrever músicas de hard rock acima da média foram embora juntos com um dos cantores mais subestimados que já pisaram na terra, características que fizeram do Gotthard uma das minha bandas favoritas de todos os tempos.

Na época fui a favor, apesar de pé atrás, que eles continuassem a carreira com o substituto Nic Maeder. Contando com Firebirth (2012), #13 é o quarto álbum dessa “nova fase” da banda suiça, os três trabalhos anteriores não passaram de bons mas foram facilmente esquecidos ao longo desses anos por mim e nunca entraram na minha setlist mental de “músicas para se escutar do Gotthard“.

#13 tem bons momentos, a essência do hard rock está aqui. As guitarras gêmeas de Leo Leoni e Freddy Scherer que caracterizam a banda com os riffs precisos e solos bem melódicos, fazem o de se sempre. Refrães que grudam na cabeça também estão presentes em Better Than Love e Bad News e as baladas que são cargo chefe tem em Marry You e S.O.S algo positivo.

Alternando bons momentos com algumas faixas fracas – o single Missteria por exemplo incomoda de tão fora de contexto com o restante e o encerramento Rescue Me é desnecessário – a sensação final é positiva e agrada, Nic Maeder se mostra um ótimo substituto de Steve, suas características são notáveis, não estamos ouvindo uma cópia, mas no que fica devendo é certamente na ajuda nas composições já que é nótavel um declínio da banda em seus últimos trabalhos.

No fim, #13 é como os últimos álbuns do Gotthard: bom, empolga mas no fim, se torna esquecível. Se alguém começar a escutar a banda apenas do Firebirth pra cima vai se deparar com uma boa quantidade de ótimas músicas de hard rock, mas quem conhece a banda desde 1992 sente falta, não só da voz de Steve, mas da concepção nas músicas e do seu toque especial nas composições. Ah.. o álbum é muito grande também, 13 faixas é muito, 10 seria um número mais adequado e agradável.

Nota final: 6/10

2 comentários sobre “Review: Gotthard – #13

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