Review: SHAKRA – Mad World

Por Roani Rock

Uma distorção bem dosada e o drive do vocalista Mark Fox remetente a época de ouro do hard 80 faz o novo álbum soar tão bem quanto os trabalhos que podemos tratar como clássicos do SHAKRA.

Roani Rock

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Gravadora: PowerRide Recording Studios
Data de lançamento: 28/02/2020

Gênero: Hard Rock
País: Suíça

Após 25 anos de estrada, os suíços do SHAKRA apostam em marcar o ano de 2020 de forma celebrativa. Em Mad World encontra-se músicas estilo rock de arena, bem enérgicas e agressivas. Perfeitas para o público erguer os punhos e entoar os refrões no melhor bate cabeça possível.

Os anos oitenta respiram em todos os clichês hard rockers de Mad World. Seja nos grunhidos de Mark Fox fazendo alusão a Lemmy do Motorhead e nos solos melodiosos de Thom Blunier e Thomas Muster que vão nas variações em escalas oitavadas e se mantêm em um sustains prolongados. Eles sabem os caminhos da composição até porque já rodam na estrada por um quarto de século.

O disco é bem estruturado e só uma música passa dos 4 minutos. Há o arrombo na porta com a música de abertura Fireline e os caras mantêm o ritmo de porrada até chegar em Fake News que é uma crítica abordando um fato bem atual. Saber falar com a modernidade e seus temas soa necessário mesmo repetindo incessantemente o título da música.

Os maiores destaques do álbum estão na faixa título, no singles Too Much Is Not Enough, na poderosa When He Comes Around e Turn The Lights On que nos faz remeter aos Scorpions. As músicas são boas, mas não trazem nenhuma novidade, talvez, propositalmente. A verdade é que o próprio Hard Rock saturou as possibilidades de inovação, o que torna fácil a degustação sonora por claramente não se criar expectativa de vir algo surpreendente.

Para finalizar, o disco recebe a balada New Tomorrow. Colocar essa canção por último foi a melhor jogada possível, já que destoaria da agitação das canções anteriores. O disco inteiro é positivista, não há uma temática depreciativa e não é um álbum só de curtição ou crítica social, há dosagens boas e bem exploradas. Não é uma das maiores maravilhas que o gênero já trouxe, mas ouviria ele mais vezes.

Nota final: 7,5/10

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