The Rock List – Top 30 Álbuns de Metal de 2019

Por The Rock Life

2019 foi um ano especial para o metal. Tivemos voltas de bandas especiais e algumas delas conseguiram posições de destaque nas paradas durante o ano. Grupos lendários como Slipknot, Tool e Rammstein resurgiram juntos de algumas gratas novidades e supresas ao longo do último suspiro da década.

A grande maioria dos álbuns presentes nesta lista foram revisados pela nossa equipe aqui na The Rock Life, poucos exemplos foram deixados pra trás e não foram 100% cobertos por aqui. Por mais que durante 2019 tenhamos batido recordes de materiais novos ouvidos, nunca conseguiremos ouvir tudo que gostaríamos, infelizmente.

Bem eclética e abrangendo vários sub gêneros dentro do metal, este são os nosso 30 álbuns que mais nos chamaram a atenção. Confesso que do número 30 até o 15/14 as posições não tem tanta importância e creio que a partir da 12ª posição as posições começam a ter mais “valor”. No entanto, use esses nomes para dar uma conferida no que você deixou passar ou até mesmo tem curiosidade de explorar.

Arrasta pra baixo e confira as nossas escolhas para o Top 30 Álbuns de Metal de 2019.

30. MYRATH – SHEHILI (WARD RECORDS)

O Myrath segue a sua jornada dentro do metal progressivo incorporando a música árabe em suas composições como ninguem. Um álbum moldado nesta ideia e executado em sua perfeição. – Lucas Santos

29. SILVERBULLET – MOONCULT (REAPER ENTERTAINMENT EUROPE)

Um conceitual álbum de heavy metal – conta uma história vagamente baseada nos julgamentos das Bruxas de North Berwick – elaborado e com grandes elementos sinfônicos que agradam os fãs e chama a atenção de quem busca um som fresco dentro do estilo. – LS

28. PECTORA – UNTAKEN (MIGHTY MUSIC)

Untaken é um excelente álbum de estréia do quinteto dinamarquês. Eles conseguiram mesclar todas as influências em um som diferente e muito divertido e em uma sonoridade de Heavy Metal clássico, podemos dizer assim, e uma grande banda pra se ter no radar, tanto em festivais quanto em lançamentos futuros. – LS

27: ALCEST – SPIRITUAL INSTICTIONS (NUCLEAR BLAST)

Com uma pequena sensação de repetição, o resultado final de Spiritual Instinct é incrivelmente satisfatório e totalmente inovador para mim. Esse tipo de música me levou para lugares inalcançáveis, me fazendo refletir sobre diversas questões existenciais, sobre a vida e tempo. Foi feito por um artista que possui uma visão entre o material e imaterial, mas, em última análise, parte de dentro do seu próprio universo. Uma viagem que vale a passagem de ida e de volta. Te aconselho fortemente à embarcar nela. – LS

26. WHITECHAPEL – THE VALLEY (METAL BLADE RECORDS)

Ao longo da carreira, o Whitechapel, construi constantemente o seu som. É com o The Valley que eles não apenas fornece seu melhor trabalho em anos, mas deixam em aberto um leque de possibilidades futuras. Graças a uma mistura única de instrumentação, excelente talento vocal e composição lírica, o The Valley ocupa seu lugar entre os melhores trabalhos da banda e um dos melhores do gênero até então em 2019. – LS

25. BLACK SITES – EXILE (HOOVE CHILD RECORDS)

Estamos diante de um excelente disco de Heavy Metal. Tal como acontece no seu útlimo álbum, o Exile combina influências perfeitamente. Cada riff, ponte, guitarra e virada de bateria constrói uma unidade que faz com que soem únicos. Seguindo na linha In Monochrome, uma evolução que mantém a qualidade. Black Sites é uma das melhores bandas do gênero atualmente. – LS

24. GATECREEPER – DESERTED (RELAPSE RECORDS)

Deserted é um passo importante para a banda em quase todos os aspectos. A produção permite que essas músicas respirem, apesar das restrições sufocantes do próprio estilo, as performances são sólidas e as composições exibem nuances e alcance mais que suficientes para justificar o hype. É um excelente álbum, escrito e apresentado por uma excelente banda que eleva seu status de iniciantes no Death Metal. O hype e a popularidade são merecidos. Aqui está o novo velho death metal nos próximos anos. – LS

23. INCULTER – FATAL VISIONS (EDGE CIRCLE PRODUCTIONS)

Apesar da pouca originalidade Fatal Visions é um dos mais puros trabalhos de Thrash Metal que você pode encontrar este ano, uma sólida estreia dos noruegueses do Inculter com a dosagem certa do old school e da modernidade. – LS

22. FLOTSAM AND JETSAM – THE END OF CHAOS (AFM RECORDS)

The End of Chaos não se limita apenas em ser mais um lançamento corriqueiro do Flotsam and Jetsam. O álbum expande o som da banda para lugares nunca antes vistos. Rapidez e agressividade que nos lembram a melhor época de um dos grupos mais influentes do Thrash Metal. Indispensável para fãs e apreciadores do gênero. – LS

21. FVNERAL FVKK – CARNAL CONFESSIONS (SOLITUDE PRODUCTIONS)

Carnal Confessions é facilmente um dos melhores álbuns de doom metal do ano. Me conquistou nesse estilo que dificilmente me agrada. A riqueza lírica de assuntos horrendos e grandes estruturas instrumentais aliados à uma ótima produção que encaixa perfeitamente na atmosfera apresentada são os grandes triunfos do álbum. Para os fãs, uma pedida obrigatória, para os aventureiros, uma ótima porta de entrada no gênero. – LS

20. ELUVEITIE – ATEGNATOS (NUCLEAR BLAST)

Em AtegnatosEluveitie continua a mostrar sua marca única de Folk Metal. Atraente, pesada e oscilante. Sua instrumentação é perfeita, sua narrativa lírica é inteligente e poética, e eles continuamente criam canções que são tão sombrias e assombrosas, quanto maravilhosamente belas. – LS

19. SMOULDER – TIMES OF OBSCENE EVIL AND WILD DARING (CRUZ DEL SUR)

Times of Obscene Evil e Wild Daring é uma mistureba de estilos e referências. Dentre as mais perceptíveis estão CandlemassHelloween e Black Sabbath. A banda abraça clássicos e clichês do heavy metal, que durante as 6 faixas ao longo das 38 minutos nos transportam por um tempo e para um lugar onde guerreiras, força e fantasia predominam. Inegavelmente que o Smoulder sabe fazer bem esse tal de Heavy Metal. Uma estréia impressionante. – LS

18. RAGE IN MY EYES – ICE CELL (INDEPENDENTE)

Em Ice Cell o Rage In My Eyes foram power, tradicionais, folk, progressivos, e de maneira diferentes entregaram com sucesso o que se propuseram a fazer. Para um lançamento independente a produção é mais que satisfatória, em alguns momentos me peguei um pouco confuso com o que estava acontecendo devido a quantidade de informações. Eu fico esperançoso quando descubro que temos bandas dessa qualidade fazendo metal no país. O caminho é longo e árduo, mas o quinteto de Porto Alegre pode alcançar vôos maiores, e deve. Viva o metal nacional. – LS

17. TURILLI / LIONE RHAPSODY – ZERO GRAVITY: REBIRTH AND EVOLUTION (NUCLEAR BLAST)

Com a reunião dos talentosos Turilli e Fabio Lione, Zero Gravity é uma dose grande de musicalidade e talento. É para deixar qualquer apreciador de metal melódico/Power metal em êxtase. O renascimento e a evolução são contados de forma indiscritível com dose extra do épico, peso, poder… em gravidade zero. – LS

16. DIAMOND HEAD – THE COFFIN TRAIN (SILVER LINING MUSIC)

Apesar de algumas mudanças não agradarem os fãs mais antigos e com cabeça mais fechada, The Coffin Train é um daqueles lançamentos que deixam um marco no ano. Tem tudo aquilo que um apreciador do Diamond Head espera, e mais, acrescenta elementos encantadores que surpreendem a quem está disposto, e elevam o álbum a algo maior do que apenas um bom disco de Heavy Metal. Essencial para a sua audição do ano, e também, se tornando essencial para a discografia da banda. – LS

15. AS I LAY DYING – SHAPED BY FIRE (NUCLEAR BLAST)

No geral, Shaped by Fire é o álbum que todos estavam esperando. Difícil acreditar que alguém imaginava um retorno melhor para o quinteto californiano. As pequenas falhas não tiram os reais motivos desse álbum ser tão especial. O gênero fez poucas, mas boas aparições esse ano, porém o As I Lay Dying mostrou o porque a alcunha de ” Reis do metalcore” os serve muito bem. – LS

14. OCEAN SLEEPER – DON’T LEAVE ME THIS WAY (BMG RIGHTS MANAGEMENT)

Os estreiantes australianos do Ocean Sleeper entregaram um álbum maduro e consistente. Eles não parecem ter apenas 3 anos de vida e mostram o porque do sucesso repentino em um gênero que volto a dizer é tão saturado hoje em dia. O metalcore da Oceania faz muito barulho com Don’t Leave Me This Way. – LS

13. RIMFROST – EXPEDITION: DARKNESS (FEROCIOUS RECORDS)

Aliados a uma excelente produção e momentos especiais, Expedition: Darkness é ótimo registro de black metal no ano e talvez um dos melhores álbuns do Rimfrost. Se você conhece alguém que tenha interesse em entrar no mundo mais escuro do metal e não sabe por onde começar, essa é a banda. – LS

12. VENOM PRISON – SAMSARA (PROSTHETIC RECORDS)

A coisa mais importante a saber sobre Samsara é que é um álbum que pertence diretamente e orgulhosamente no reino do death metal. Consideravelmente menos acessível que Animus e ainda mais poderoso, é o som de uma banda muito elogiada, que cumpre seu potencial e amadurece em algo profundo, destrutivo e gloriosamente bestial. Não só a Venom Prison correspondeu às expectativas, como também fez com o espírito do underground correndo em suas veias. – LS

11. SPIRIT ADRIFT – DIVIDED BY DARKNESS (20 BUCK SPIN)

Spirit Adrift deixou para trás as armadilhas de seus primórdios do doom metal, para um som mais clássico e abrangente. Com nem mesmo cinco anos de existência de banda, o futuro definitivamente parece brilhante para o jovem quarteto. Divided by Darkness realiza algo muito difícil: Um avanço na sonoridade com olhos voltados ao passado. O melhor da banda, e um dos grandes lançamentos do ano. – LS

10. OPETH – IN CAUDA VENENUM (NUCLEAR BLAST)

Aliado a uma excelente produção, In Cauda Venenum é um dos grandes discos dessa nova etapa do Opeth. Os horizontes musicais de Mikael e banda estão mais amplos do que nunca e as novas influências afloraram um lado diferente que está sendo muito bem explorado. – Wendell Rezende

9. ASTRALIUM – LAND OF ETERNAL DREAMS (ROCKSHOTS RECORDS)

Land Of Eternal Dreams é um achado daqueles que nos fazemos acreditar que esse gênero tão difícil de ter alguma reformulação, ganha uma sobrevida e um sopro de esperança pra lá de empolgante. Dificilmente a popularidade da banda vai ser algo relevante com esse lançamento, mas se o Australium lançar outro álbum como esse, acredite, eles serão enormes! Não sei dizer se a terra dos sonhos eternos é realmente um lugar fantástico, mas o caminho até lá vai te emocionar e mexer com sensações únicas que só uma voz lírica, bateria cavalgante e riffs pesados de guitarras podem trazer. – LS

8. WHILE SHE SLEEPS – SO WHAT? (SPINEFARM RECORDS)

O So What? fez com que o While She Sleeps tivesse conscientemente feito um esforço deliberado para expandir seu estilo musical estabelecido, incorporando cuidadosamente novos elementos interessantes no modelo da banda. Os levando se tornar uma das melhores bandas pesadas do Reino Unido na década. – LS

7. SLIPKNOT – WE ARE NOT YOUR KIND (ROADRUNNER RECORDS)

We Are Not Your Kind é um marco no metal esse ano. Parece tão relevante em 2019 quanto seu álbum auto-intitulado fez vinte anos atrás, com a ideia principal sendo a mesma, mas a execução se sentindo muito mais oportuna, tanto em termos da era atual quanto da própria banda. E para um grupo que poderia descansar sobre seus louros neste momento e confiar apenas no legado, a dedicação do Slipknot para a sua música, fãs e prórpios membros fala muito, e faz com que seu status como lendas do metal seja mais do que merecido. – LS

6. EMPLOYED TO SERVE – ETERNAL FORWARD MOTION (SPINEFARM RECORDS)

As influências de VeinCode Orange e das clássicas bandas de Nu metal são presentes. Os experimentos sonoros tomam forma na medida que o a banda usa tais para incrementar o seu som característico, escute Dull Ache Behind My Eyes, sintetiza tudo. Beneath It AllOwed Zero e Reality Filter conseguem o difícil destaque dentre as 11 faixas simplesmente por chamarem mais a minha atenção, porém é difícil fazer escolhas individuais. Apesar de Eternal Forward Motion soar agressivo, caótico, brutal, assemelhado a uma zona de guerra, as letras têm um significado muito real, escrito para milhões de jovens que estão crescendo em uma sociedade doente. De lavar a alma. – LS

5. OF MICE & MEN – EARTH & SKY (RISE RECORDS)

Of Mice & Men trouxe sua autenticidade ao Earthandsky, continuando a explorar as realidades, a variedade de músicas e experimentos usados trazem uma nova gama de alternativas e abordagens. Não existem músicas iguais. Há agressão, há escuridão e há exploração de emoções, muitas. Somos atingido por um peso sonoro que cativa e transforma essa nova fase consagrada da banda, muito melhor do que eles jamais foram. – LS

4. EMBRACE OF DISHARMONY – DE REVM MATVRA (MY KINGDOM RECORDS)

De Rervm Natvra é uma incursão emocional, épica, divertida e fascinante, um álbum com todas essas qualidades sem fazer muito esforço. É uma fascinante jornada em um universo musical único, graças à sua linguagem original, com ambientes escuros, estruturas progressivas complexas, partituras orquestrais épicas, melodias de metal e um estilo vocal peculiar. A produção consegue dar espaço para todos os elementos do som da banda e equilibra cada elemento com maestria. Tudo nesse álbum se reúne exatamente da maneira certa. O resultado final é apaixonante, capaz de tocar e mexer com os mais profundos sentimentos e emoções. Poucas vezes o Metal sinfônico foi tão brilhante quanto aqui. – LS

3. SOEN – LOTUS (SILVER LINING MUSIC)

Lotus é uma performance valente e polida, misturado com um novo e corajoso estilo melódico, e é certamente o álbum mais completo de Soen. Mistura com ousadia a ferocidade e uma nova emoção mística sem negar o som que os fãs esperam. As letras são tipicamente místicas, hipnóticas e bem no estilo progressivo. As experimentações dão certo e fazem do álbum o melhor do estilo no ano. – LS

2. KNOCKED LOOSE – A DIFFERENT SHADE OF BLUE (PURE NOISE RECORDS)

Se Laugh Tracks já foi impactante, A Different Shade Of Blue é mais hardcore, mais metal, há mais partes rápidas, mais avarias, mais malícia, mais desconforto e, talvez mais o importante, mais energia. À medida que se aproxima, a coisa toda te atinge com uma unidade que está sem fôlego, não importa em que ritmo eles vão, é o som definitivo do Knocked Loose. A banda amadureceu e fez escolhas mais que acertadas. Aliás o que eles fizeram aqui é algo que impele os limites do hardcore. Possivelmente um divisor de águas na sonoridade do gênero daqui em diante. – LS

1. PALADIN – ASCENSION (PROSTHETIC RECORDS)

Ainda é difícil mensurar o quão cativante e impressionante é o registro de estréia do Paladin. Uma reunião de talentos e de excelentes idéias que juntas, foram executadas de uma maneira quase que inexplicável. Ascension é um raro exemplo aonde tudo funciona, um álbum indispensável para sua trilha sonora de 2019. – LS

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