Review: Tom Keifer – Rise

Por Lucas Santos

O álbum segue esse padrão durante as 11 faixas mas consegue manter o seu interesse no decorrer do processo.

Lucas Santos

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Gravadora: Cleopatra Records
Data de lançamento: 13/09/2019

É difícil não reconhecer logo de cara a voz do quase sessentão Tom Keifer. O frontman conquistou o mundo nos anos 80 à frente do Cinderella com hits atrás de hits e moldou um dos vocais mais peculiares do hard rock naquela época. Com o fim oficial da sua ex banda em 2017, Tom demorou 2 anos para lançar o seu álbum solo Rise – algo que não é tão novidade visto que ele já tinha estreiado neste formato em 2013 com The Way Life Goes – e se não tenta seguir o som que o consagrou, ele aposta em alguns experimentos menos convencionais.

Tom toma frente além dos vocais das bases de guitarra também, ele divide a função com Tony Higbee que tem a ajuda do baixista Billy Mercer e baterista Jarred Pope. Todos músicos de Nashcville que tem nomes não muito conhecidos mas que mostram muita competência musicalmente. A guitarra slide está presente logo no inicio com Touching the Divine, música que também mostra o esforço que Keifer faz para cantar as partes mais rasgadas e altas. The Death of Me é uma faixa mais direta, com batida cadenciada e refrão presente.

Waiting on the Demons é uma ótima balada, com uma sensação mais nostalgica do Cinderella, ela é mais completa que a outra balada Taste for the Pain porém ambas exploram as boas composições de Tom e mostram que o grande triunfo de sua carreira não está ultrapassado. All Amped Up é uma faixa direta de rock n’ roll, sem rodeios, o refrão cativante é cantado em coro e Keifer dá um show em seus altos e baixos durante a música. O álbum segue esse padrão durante as 11 faixas mas consegue manter o seu interesse no decorrer do processo.

Apesar da produção não dá o devido destaque aos vocais e de certo modo algumas passagens não são claras e ficam muito confusas quando muitos instrumentos se tornam presentes – temos partes com pianos, cordas e percussão – porém eu gostei muito da mixagem de voz e bakcing vocal e dos timbres das guitarras.

Entre as baladas e as passagens mais pesadas, Rise mostra que o ícone oitentista Tom Keifer está longe de ter esquecido como se compõe uma boa música. Alguns problemas técnicos tiram a grandiosidade do álbum todavia o ex vocalista do Cinderella está muito bem acompanhado e entrega um material que não faz feio diante dos seus dias gloriosos com a banda californiana.

Nota final: 7,5/10

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