Review: Tygers Of Pan Tang – Ritual

Por Lucas Santos

Uma audição obrigatória para os carentes do bom e velho metal do começo dos anos 80; e para os que pararam de seguir a banda, uma ótima forma de reencontro.

Lucas Santos

CONFIRA MAIS ROCK:
Alter Bridge – Walk The Sky
William Duvall – One Alone
Wayward Sons – The Truth Ain’t What It Use To Be
Eclipse – Paradigm
Deaf Rat – Ban The Light
Goodbye June – Community Inn
Airbourne – Boneshaker

Gravadora: Mighty Music
Data de lançamento: 22/11/2019

Apesar de ter uma importância enorme para o famoso New Wave of Britsh Heavy Metal, Tygers of Pan Tang não é uma banda tão reconhecida como Iron Maiden, Judas Priest, Diamond Head, Venom e outras do cenário. Formado no fim dos anos 70 e na ativa até meados de 87, a banda foi totalmente remontada em 1999, e hoje possui apenas um integrante da formação original – o guitarrista Robb Weir.

Ritual é o 12° álbum de estúdio da banda britânica, seguindo uma regularidade importante e notável que chegou ao topo com o ótimo trabalho homônimo de 2016. Eles dão sequência ao som de heavy metal mais simples e acessível que mistura diversas pitadas de hard rock moderno flertando até mesmo com o AOR. O vocalista Jacopo Meille que junto de Robb é o grande responsável por essa regularidade, entrega mais uma vez uma excelente performance e mostrando que é uma das vozes mais potentes do momento.

O começo avassalador. Worlds Apart, Destiny e Rescue Me são músicas poderossísimas, com ótimos ganchos e forte apelo nos riffs das guitarras. A medida que avançamos no álbum encontramos alguns “tropeço”, leia-se “faixas mais fracas”, que não conseguem acompanhar ou até mesmo segurar o começo tão forte. White Lines e Damn You! por exemplo, são boas mas inferiores dentro da qualidade inicial.

Duas tentativas de baladas com Words Cut Like Knives que chega a agradar, mas a de maior destaque é Love Will Find a Way, que não é uma balada ao pé da letra, mas consegue comover. Que aquece os ouvidos mais uma vez para o melhor, o final. Art Of Noise é um soco no estômago, um trabalho opressor das guitarras com pressão assombrosa do baixo e bateria, e Sail On, a última do catálogo, cheia sonoridades atmosféricas encerra com maestria de forma épica e emocionante.

Mesmo com algumas faixas mais fracas, Tygers Of Pan Tang mostrou que o álbum de 2016 não foi um mero acaso e entregou outro excelente trabalho, coeso, firme e cativante e de quebra com uma produção impecável. Uma audição obrigatória para os carentes do bom e velho metal do começo dos anos 80; e para os que pararam de seguir a banda, uma ótima forma de reencontro.

Nota final: 7,5/10

Deixe uma resposta