Review: Killswitch Engage – Atonement

Por Cleo Mendes

Os elementos centrais estão todos intactos aqui, mas há vários pontos em que o trabalho de guitarra de Adam e Joel realmente se destacam. A banda fez um esforço para enfatizar suas influências extremas de metal: At The Gates, Dark Tranquillity e In Flames, entre outros. O álbum é carregado com duelo de guitarras em tons mais heróicos com pitadas de power metal em músicas como Unleashed, Take Control e As Sure the Sun Will Rise.

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Gravadora: Metal Blade Records
Data de lançamento: 16/08/2019

O mundo da música pesada deve muito ao Killswitch Engage. Emergindo do underground hardcore de Massachusetts, a banda desempenhou um papel fundamental na explosão musical do início dos anos 2000, que seria conhecida como a New Wave of American Heavy Metal. Combinando riffs do death metal sueco melódico, a atitude da cena hardcore pós-Youth Crew dos anos 90, e um punhado de outras influências, incluindo o thrash pós-hardcore e metal clássico. Uma mistura que botou eles no topo os fazendo ser referência por muito tempo.

O zênite comercial de seu movimento coincidiu com o incrível declínio da indústria fonográfica. O bom momento os ajudou a garantir dois discos de ouro The End of Heartache e As Daylight Dies e fez deles uma dos grupos mais bem sucedidas de todos os tempos. Mas ainda é incrível e satisfatório saber que discos com músicas tão brutais quanto Unbroken ou When Darkness Falls conseguiram vender 500.000 cópias. Provando que o Killswitch Engage é muito importante. Atonement é o oitavo álbum de estúdio e o terceiro desde que o vocalista Jesse Leach desde o seu retorno.

Os elementos centrais estão todos intactos aqui, mas há vários pontos em que o trabalho de guitarra de Adam e Joel realmente se destacam. O pessoal de New England fez um esforço para enfatizar suas influências extremas de metal: At The Gates, Dark Tranquillity e In Flames, entre outros. O álbum é carregado com duelo de guitarras em tons mais heróicos com pitadas de power metal em músicas como Unleashed, Take Control e As Sure the Sun Will Rise.

O momento mais brutal do álbum acontece em The Signal Fire, que apresenta o ex-vocalista Howard Jones no segundo verso, momento mais brutal e mais inesperado também. O emparelhamento soa como uma incrível e uma combinação bem-vinda de duas das vozes mais fortes do metal, os fãs mais ferrenhos devem ter ficado loucos com o dueto. Jesse descreve a inspiração para a música: “Eu tive uma imagem do Senhor dos Anéis quando eles escalaram o topo da montanha e acenderam uma fogueira para sinalizar apoio.” Temos em The Crownless King, a contribuição de Chuck Billy, do Testament, canalizando sua fase de death metal no final dos anos 90.

A produção do álbum é nítida, clara e registra tudo muito bem para soar bem sem roubar a potência. O guitarrista Adam tomou frente na produção e fez um bom trabalho. Ele não queria que a banda caísse em algumas armadilhas de outros grupos mais modernos que deixam o som muito superficial e sem força. Sucesso.

Alguma das letras tem uma força mais especial para o vocalista Jesse, o vocalista tem sido aberto sobre suas lutas com a tentativa de encontrar e sustentar a felicidade, o significado e o propósito na vida, e essas músicas carregam sua mensagem de esperança vigorosa e agressiva. Ao longo do álbum, sua voz canta seus melhores vocais duros, junto com refrões limpos memoráveis ​​e cativantes.

Atonement é um ótimo álbum do Killswitch Engage, apesar de ainda seguir o padrão de abertura com suas quatro melhores músicas deixando a peteca cair depois. O resto do álbum não é tão imediato ou efetivo, mas isso não é uma desculpa. Com o seu passado e importância na cena hardcore, é louvável que eles ainda possa entregar um álbum tão sólido e com sentimentos distintos. Que eles possam lutar, riffar e gritar por muitos anos.

Nota final: 7,5/10

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