Review: Destruction – Born To Perish

Por Cleo Mendes

No geral, o álbum vai bem e é uma ótima adição ao arsenal de música da banda, e vejo eles tocando algumas faixas desse álbum em seus set lists nos próximos shows, algumas tem força o suficiente para perpetuar.

Cleo Mendes

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Gravadora: Nuclear Blast
Data de lançamento: 9/08/2019

As lendas do thrash, Destruction, lançaram o seu 17ª material chamado Born To Perish em 9 de agosto via Nuclear Blast. Por 35 anos, essa banda carrega o padrão do thrash metal com honra e orgulho. O membro principal Schmier (vocal/baixo) e Mike Sifringer (guitarra) permanecem, e a banda ganhou uma injeção de sangue novo com a adição do baterista Randy Black e do guitarrista Damir Eskic. A grande questão é como o novo álbum se compara ao poderoso catálogo da banda e ao ressurgimento da nova onda do thrash metal em geral.

O elemento de destaque em Born To Perish é a performance da banda. Os vocais grosseiros de Schmier mudam para um tom de ódio gravemente odioso nesse álbum, o que representa uma ameaça. Os riffs afiados como bisturi de Mike e Damir cortam furiosamente em Inspired by Death e Tyrants of the Netherworld. Os licks principais de Betrayal capturam a hostilidade do mal dentro da música. A bateria de Randy Black dirige cada faixa como um motorista de trem sem sair dos trilhos. Sua execução é perfeita e o som da bateria neste álbum é instigante e percussivo sem sons habituais.

No geral, o álbum vai bem e é uma ótima adição ao arsenal de música da banda, e vejo eles tocando algumas faixas desse álbum em seus set lists nos próximos shows, algumas tem força o suficiente para perpetuar. No entanto, temos algumas falhas. Algumas das composições são repetitivas e não têm interesse, como Filthy Wealth e Ratcatcher. Eles parecem mais vazios e se afastam dos outros materiais mais fortes deste álbum.

Os esforços são medidos de uma maneira nítida que ainda perceptível coloca a banda no meio do caminho para a retomada das glórias. Algumas decisões são questionáveis. Por exemplo Inspired By Death e Bretayed são faixas que duram mais do que deveriam e trazem uma sensação de preenchimento desnecessário. Assim como algumas outras partes que fazem com que o álbum tenha 50 minutos, que no fim é algo muito cansativo, ainda mais por algumas repetições encontradas no percurso.

Born to Perish é o começo de uma nova fase para o Destruction, aparentemente indestrutível, e com um line-up ajustado, é fácil esperar coisas boas. Eles não entregaram, completamente, dessa vez, mas os sinais apontam para horizontes promissores se as estrelas se alinharem, e temos tudo para esperar um próximo álbum matador. Em um ano em que o thrash de primeira linha ainda não deu as caras, Born to Perish ainda vale a pena conferir. As coisas boas são muito boas, e a música é bastante impressionante.

Nota final: 6,5/10

19 comentários sobre “Review: Destruction – Born To Perish

    1. Sim. Apesar de estarem muito tempo na estrada o Destruction passou por algumas mudanças e isso sempre reflete no som da banda. Acredito que se eles manterem esse lineup, o próximo álbum será mais redondinho.

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