Review: Abbath – Outsrider

Por Lucas Santos

Este álbum não é puramente de Black Metal, no entanto possui uma influência obscura atravessada claramente o dna da banda.

Lucas Santos

Confira mais metal:
Death Angel – Humanicide
Diviner – Realms Of Time
Baroness – Gold & Grey
Turili/Lione Rhapody – Zero Gravity (Rebirth and Gravity)
Dream Tröll – Second To None

Gravadora: Season Of Mist
Data de lançamento: 05/07/2019

Após 3 anos do seu lançamento “solo”, Abbath está de volta com o seu segundo trabalho denominado Outstrider. O ex vocalista da lendária banda de Black Metal Immortal, tomou um passo importante na sua carreira desde sua ruptura com o grupo.

Sendo uma figura que não precisa de apresentações, ele encontrou nessa nova fase de sua carreira, uma oportunidade de manter o seu legado e é claro, experimentar cosias novas e diferentes, tendo uma abertura maior para mudanças e ampliar sua criatividade em sons que normalmente, não se misturam com o seu estilo característico.

O álbum abre com Calm in Ire (Of Hurricane), caminho para o próximo prazer audível como os ventos frios, as mudanças foram para ganhar força, o violão atmosférico aumenta a ansiedade e após a quebra do som, a bateria é poderosa e a guitarra, influenciada pelo Black Metal, começam, antes de Abbath fazer sua grande entrada. Depois, o ritmo aumenta um pouco e com uma batida constante, criando um som que certamente permanece fiel às suas raízes. Há momentos em músicas como The Artifex e Hecate, que temos uma qualidade de metal mais extrema. Hecate é uma das mais inteligentes fusões de rock n ‘roll e black metal de toda a sua carreira, combinando riffs mais pesados com influências de blues-rock.

Não há muitos riscos no album, mas não é necessário ter nenhum para tornar-lo prazeoroso. Abbath, como sempre, está no ponto com os vocais. A produção está no ponto, trazendo o tom de black metal familiar fundido com as camadas nítidas e melódicas quando nescessárias. Outra característica óbvia contida aqui são os solos de guitarra que surgem na maioria das faixas. Eles atendem ao aspecto Rock And Roll do som desse trabalho, e se sentem forçados e excessivamente dramáticos em certas seções.

Outstrider é um passo para baixo do musico, mas chamá-lo de ruim é um exagero. É apenas o segundo melhor disco solo de sua carreira. Outstrider é um desses álbuns peculiares em que não é um fracasso, mas também não é uma vitória. Não vai prejudicar o legado de Abbath, mas vai desempenhar um papel relativamente pequeno no seu nicho. É impossível ficar desapontado com o fato de Outstrider existir, mesmo ansiando por algo mais grandioso.

Este álbum não é puramente de Black Metal, no entanto possui uma influência obscura atravessada claramente o dna da banda. Usando outras influências, bem como permanecendo fiel às suas raízes, elas se ramificam e se expressam. Abbath criou um bom álbum que agradará os fãs originais, ao mesmo tempo em que atrai aqueles que nunca tiveram interesse no personagem

Nota final: 7,5/10

Confira mais links:

Facebook 

6 comentários sobre “Review: Abbath – Outsrider

Deixe uma resposta