Review: Majesty – Legends

Por Lucas Santos

Infelizmente o álbum exala uma falta de esforço geral e isso é simplesmente constrangedor. Wasteland Outlaw é um dos poucos momentos em que tudo soa mais divertido e fácil de ser ouvido.

Lucas Santos

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Gravadora: Napalm Records
Data de lançamento: 28/06/2019

Oriundo de um dos maiores expoentes do Power Metal mundial, os alemães do Majesty se espelham tanto líricamente e musicalmente em bandas mais consagradas do estilo como: Primal Fear, Manowar e Paragon. Em contraste com a maioria de seus colegas do final dos anos 90 até início dos anos 2000, eles estabeleceram seu próprio nicho adotando um estilo mais tradicional de agressão e simplicidade que se aproxima um pouco do som estabelecido pelo Manowar no final da década de 90.

Esse é o nono álbum de uma banda que existe desde 1997, porém Legends soa como um álbum de estréia amador. É dolorosamente repetitivo e previsível ao ponto de chegar ao fim de suas canções era um trabalho árduo e não prazeroso. Infelizmente o álbum exala uma falta de esforço geral e isso é simplesmente constrangedor. Wasteland Outlaw é um dos poucos momentos em que tudo soa mais divertido e fácil de ser ouvido.

Apesar de todas as partes musicais serem bem sólidas, o único ponto a ser destacado são os solos de guitarra. Desde sempre todos os guitarristas que passaram pela banda alemã foram de muita qualidade. No momento Robin Hadamovsky e Emanuel Knorr dão um show, principalmente individualmente quando o instrumento de seis cordas se destaca. Apesar do destaque nitido, isso não é perceptível nos riff. Não quer dizer que sejam ruins, mas são apenas “ok”, muitas passagens são sem vida e muito simples para uma banda de power metal, nós trazendo ao grande problema com Legends: a execução.

As melodias não são cativantes; elas são muito repetitivos e acabam irritando ao invés de fazer querer cantar junto. As músicas também são estruturadas de forma simples e não conseguem causar um impacto de qualquer tipo. Algumas das músicas até começam promissoras, exemplo de Church of Glory, mas acabam sucumbindo à influência pop, desgastando durante o percurso entre as breves apresentações e caindo na mesmice.

Temos aqui um álbum que tenta de tudo, mas não acerta em quase nada. É sem vida e nada impactante, muito previsível e repetitivo. Pelo tempo de estrada e pela quantidade de material já registrado, o Majesty deveria ter aprendido com os erros e acertos. Se esse fosse o caso, Legends nunca deveria ter sido lançado, e talvez essa fosse uma melhor solução.

Nota final: 4/10

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