Review: Dream Tröll – Second To None

Por Lucas Santos

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Apesar de não ser robusta para um ato de heavy metal, a sonoridade faz jus à década de ouro do metal e o Dream Tröll resgata muito bem esse sentimento que mistura nostalgia com excelência.

Lucas Santos

Gravadora: Independente
Data de lançamento: 12/07/2019

Talvez, até o presente momento, esse seja o review mais importante que esse site já fez. A equipe de divulgação do Dream Tröll foi a primeira a entrar em contato com a The Rock Life para mandar o material de divulgação do segundo álbum de estúdio do grupo de Leeds, Inglaterra. E é com extrema felicidade e orgulho que tentarei destrinchar cada momento e detalhe do lançamento Second To None.

Dream Tröll tem menos de 4 anos de vida. Formado em 2015, o quinteto lançou dois anos depois o seu primeiro trabalho The Knight Of Rebellion. Se apoiando na sonoridade oitentista e grande foco na escrita narrativa, eles, ainda, estão sem envolvimento com nenhuma gravadora, o que faz com que eles possam fazer “o que bem entender”, sem nenhum limite criativo. Algo que é bom e ruim ao mesmo tempo.

The Knight Of Rebellion foi muito bem aceito pelos críticos e comunidade, eles foram elogiados por conseguir trazer a nostalgia do metal mais vintage e ao mesmo tempo criar momentos épicos e especiais, sempre buscando uma mescla de bons riffs e partes instrumentais que encaixassem nas histórias e letras. O grupo gosta de canções longas, a mais curta do primeiro álbum tinha quase cinco minutos.

Second To None é o segundo esforço da banda de talvez chamar a atenção das gravadoras, ou aumentar sua base de fãs e construir uma ligação mais fortes com os admiradores do gênero. Fiquei sabendo que eles lançariam um material novo com o bizarro clipe do música Chrome Skull Viper lançado no Youtube em meados de março. Um vídeo hilário, em que os integrantes fazem uma zoação deles mesmos, mas que possui uma música muito bem trabalha e com um refrão bem interessante e pegajoso.

Apesar de não ser robusta para uma para um ato de heavy metal, a sonoridade faz jus à década de ouro do metal. O Dream Tröll resgata muito bem esse sentimento que mistura nostalgia com excelência. As músicas, como citado anteriormente são na grande maioria, longas, porém são muito bem estruturadas e envolvem facilmente, sem dar a sensação de serem maiores. Os riffs de guitarra são bem interessantes e as partes instrumentais são o seu maior triunfo.

A estrutura da banda é a mesma, apenas o vocalista Paul Walsh que substituiu Rob Stringer. Eles possuem uma linha vocal diferente, Stringer tem um alcance em notas agudas mais extenso, e Walsh não se arrisca muito… sua performance é muito feijão com arroz. Talvez esse seja um grande divisor de águas aqui, e consequentemente do quinteto. A voz, muitas vezes, parece soar sem força e cansada, o que pode incomodar alguns. O instrumental é muito bom e muito bem tocado. As partes dos teclados, samples e sintetizadores se misturas com as guitarras melódicas e bateria mais simples e marcante como em Checkmate… Annihilate! e Darkness Lies Within the Sun. Quase todas as canções seguem um mesmo padrão, sendo bem divertidas e agradáveis.

Second To None é um trabalho com uma cara mais definida. O Dream Tröll ainda peca por não ter coragem de arriscar, no entanto o seu som é agradável, divertido e por muitas vezes épico e pegajoso. Tomara que consigam chamar a atenção de alguma gravadora, os seus integrantes são muito talentosos e criativos, e com uma ajuda extra podem lançar algo marcante no futuro.

Nota final: 7/10

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