Por Lucas Santos
O quarteto de Ohio se multiplica em Old Gods, e consegue trazer uma bela mistura de todas as bandas significantes na tragetória dos músicos que a compõe, adicionando elementos psicodélicos, cheio de groove e atitude.
Lucas Santos
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Gravadora: Fuzzorama Records
Data de Lançamento: 24/05/2019

Definir Valley of the Sun é uma tarefa complicada. A banda cita pelo menos 20 influências dos mais variados gêneros em sua página no Facebook. Desde o seu início em 2010, eles vêm sendo foi elogiados por trazer uma pegada muito parecida com lendas do grunge: Alice in Chains e Soundgarden, porém sem o reconhecimento devido. Por um outro lado, o quarteto de Ohio se multiplica em Old Gods, e consegue trazer uma bela mistura de todas as bandas significantes na tragetória dos músicos que a compõe, adicionando elementos psicodélicos, cheio de groove e atitude.
A faixa título, e primeira do álbum, mistura o Doom Metal com princípios do Heavy Metal clássico, e tem Ryan Ferrier arregançando nos vocais. Uma faixa inicial que poderia defenir o tom do álbum, porém, nos deparamos com diversas variações na sequência. All We Are, mais alegre, com um riff de guitarra mais pesado e solos mais vigorosos, remetendo muito ao Stone Temple Pilots. A terceira faixa, Gaia Creates, é uma pasagem instrumental acústica, que maravilha o ouvinte.
Dim Vision vira a chave totalmente, a faixa é mais rápida, com uma ótima bateria e grande influência de Stoner Rock. Acrescentado por uma atmosfera mais selvagem, na faixa Shiva Destroys – que serve de abertura para Firewalker – mantendno a pegada Stoner deixando tudo mais animado, veloz e acelerado. Into the Abbys volta a trazer um ambiente mais lento, arrastado e sombrio, e um duelo de voz que lembra muito qualquer trabalho antigo do Alice in Chains, assim como a última faixa Dreams of Sand, um semi épico de quase 7 minutos, que encerra as atividades em ótima forma, fechando as 11 faixas em grande estilo. Aaron Boyer é um excelente baterista, e faz a diferença aqui.

Criticar o mais recente trabalho da banda é difícil. Se tenho algo a dizer, seria que mesmo aplicando muito bem todas as variáveis presentes, eles ainda carecem de um som mais exclusivo. Deram um passo importante aqui, e espero que continuem nessa caminhada. Se sim, o próximo disco tem tudo para ser algo muito especial.
É possível dizer que Old Gods é o trabalho mais maduro e ousado de Valley of the Sun. Todos os elementos misturados e as várias características entregues durante o álbum são muito bem apresentados, expondo um leque de possibilidades para os ouvintes, o que pode agradar tanto aqueles que apreciam um som mais arrastado, lento e complexo, quanto quem espera algo mais alegre e tenso. Um grande concorrente a aparecer em listas de melhores do ano.
Nota final: 8,5/10
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