Review: Fleshgod Apocalypse – Veleno

Por Lucas Santos

Uma coisa que Fleshgod sempre foi ótimo em fazer é conseguir criar riffs cativantes no meio de todo o caos que as músicas e ambientação promove, mesmo com um monte de informação acontecendo, podemos captar a singularidade das melodias inseridas.

Lucas Santos

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Gravadora: Nuclear Blast
Data de Lançamento: 24/05/2019

Fleshgod Apocalypse é uma das bandas mais únicas que surgiram nos anos 2000. Com uma proposta de trazer o Death Metal mais técnico e com elementos orquestrais e neoclássicos, desde 2009, eles lançaram 4 álbuns sólidos, que moldaram o seu som, atraiu fãs e os consolidaram, sendo um dos melhores atos nesse estilo tão original e exclusivo.

O seu quinto trabalho, Veleno, marca também a primeira vez em que o frontman Tommaso Riccardi não está mais na banda, sendo substituido pelo então baterista e original frontman, Francesco Paoli, que volta ao seu posto original. Francesco é o exemplo personificado de quão talentosos os músicos da banda são, no seu caso, ele consegue tocar bateria e guitarra com perfeição, além de ter uma voz de destaque e muito presente.

Uma coisa que Fleshgod sempre foi ótimo em fazer é conseguir criar riffs cativantes no meio de todo o caos que as músicas e ambientação promove, mesmo com um monte de informação acontecendo, podemos captar a singularidade das melodias inseridas. Aqui, eles mostram que não perderam contato com o que realmente são bons. A faixa de abertura, Fury, absorve toda essa singularidade, com as misturas de riffs pesados, orquestração, excelente escrita e montagem de segmentos, que conquista logo de primeira. A faixa seguinte, Carnivorous Lamb, insere elementos do folk no início, ocasionando uma nova sonoridade.

Sugar, terceira faixa, também é um dos grandes destaques do álbum, a minha favorita. A trinca inical realmente é especial. Monnalisa e The Day We’ll Be Gone – essa com grande performance da cantora Veronica Bordacchini – são faixas mais acessíveis e mostram, de certa forma, que eles ainda se arriscam em experimentar novas sonoridades. Assim como os finais Veleno e Reise, Reise, uma espécie de novo frescor para a banda, que ainda consegue se destacar em meio a milhares de lançamentos de outros grupos que passeiam pelo mesmo som.

Com uma mistura final interessante, temos tudo que esperamos de um álbum da banda italiana. Com muitas novidades inseridas, porém sem perder as característcas que consolidaram a banda: riffs agressivos, melodias cativantes, grande performance dos músicos e ambientação únicoa. Um grande lançamento, muito sólido, que não beira ao espetacular, mas vai agradar todos os fãs do gênero e talvez (?) atrair novos ouvintes? Veleno continua a elevar a importância do Fleshgod Apocalypse no mundo do metal.

Nota final: 8/10

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