Review: Ringworm – Death Become My Voice

Para ser sincero, não houveram drásticas mudanças no som em si, mas se comparado com os materiais anteriores, a produção e qualidade sonora deram um salto bem grande.

Lucas Santos

Gravadora: Relapse Records
Lançamento:
03/05/2019

Será essa a voz da morte!?

Desde 1989 na ativa, Ringworm é um belo exemplo de banda que mistura os elementos tradicionais do Thrash Metal com o Hardcore. Com sete trabalhos de estúdio ao longo dos anos, o grupo liderado pelo vocalista Human Furnace, busca expandir sua sonoridade para além de seu estado natal, Ohio.

Death Become My Voice é o oitavo álbum da banda, e o terceiro desde que eles resolveram trocar a Victory Records – que pelas própria palavras de Furnace “Não estavamos recebendo o devido crédito pelo nosso trabalho” – pela Relapse Records. Podemos reparar de cara o quão irritados e putos da vida eles soam. Isso é um bom medidor para a qualidade do som do Ringworm. Para ser sincero, não houveram drásticas mudanças no som em si, mas se comparado com os materiais anteriores, a produção e qualidade sonora deram um salto considerável.

A primeira música do álbum, a faixa título Death Becomes My Voice, tem um começo mais atmosférico e melódico, porém com menos de 1 minutos e meio, a banda já entra com tudo, botando o pé na porta e dando soco na cara de todo mundo. Todas as 11 faixas seguem um padrão bem simples de notar: soar o mais rápido, alto, agressivo e sujo possível. Um feito entregue com maestria. Músicas como Carnivores, Acquiesce e Dying By Design são os melhores exemplo de conexão instrumental, muito bem executada com uma ótima performance de Human. A mensagem é entregue, muito bem entregue na verdade.

Para uma banda que se diz buscar novos públicos, não acredito que esse álbum seja o suficiente. Dentro do público que já conhece e curte o som, a audição não vai ter erro. Para quem curte o estilo e não conhece, Death Become My Voice é uma ótima pedida. Para alguém que não curte o estilo, as coisas vão ser mais difíceis de digerir. Com um som muito único e bem direto, a falta de renovação é o único problema.

O trabalho árduo do quinteto americano merece mais evidência, e apesar de alguns pontos negativos citados, acredito que passaram despercebidos pela grande maioria. Jogando na zona de conforto, e entregando um material rico e muito bem produzido, o novo álbum do Ringworm tem tudo para torna-los mais influentes no cenário.

Nota Final: 7,5/10

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