Review: Enforcer – Zenith

O novo álbum Zenith é o próximo estágio sonoro para eles, se aprofundando no hard rock enquanto também incorpora influências de metal e tenta manter seu núcleo retrô dos anos 80.

Lucas Santos
Capa padrão anos 80.

Ao longo de sua carreira de 14 anos, o Enforcer teve um som todo baseado sobre uma mistura de Metal old school, Hard Rock e diversão. Do estilo speed metal de álbuns como Into the Night e Diamonds, ao hair metal em From Beyond, a banda sempre buscou passear por esses estilos com músicas divertidas, simples e bem executadas.

O novo álbum Zenith é o próximo estágio sonoro para eles, se aprofundando no hard rock enquanto também incorpora influências de metal e tenta manter seu núcleo retrô dos anos 80. Apesar de ser veloz, possui uma atitude de hard rock e um som old school que pode não agradar todos os ouvidos.

A faixa inicial, Die For the Devil, é pilotada por riffs simples de hard rock e tem uma abordagem pronta para fazer sucesso nas rádios com um refrão cativante e pegajoso. É divertida, simples e não pode ser levado a sério. Zenith of the Black Sun é uma faixa mais séria que soa algo como os compatriotas do Hammerfall. Regrets tenta ser algo especial, mas acaba se tornando uma balada muito clichê e bem dispensável. As coisas melhoram para a empolgante The End of the Universe, que tem um dos melhores refrões do álbum e um dos melhores trabalho de guitarras e em One Thousand Years of Darkness, com teclados e que lembram qualquer música épica do Nightwish.

Minha maior queixa sobre Zenith é a ausência de riffs e harmonias mais robustas. A banda sempre foi bem nesse quesito, porém o novo foco em músicas mais calmas não é um resultado que podemos dizer, foi 100% acertado. O vocalista Olof Wikstrand e o novo guitarrista Jonathan Nordwall se destacam quando as coisas ficam mais divertidas. Os vocais agudos de Wikstrand funcionam bem quando acompanhados por música de alta velocidade e energéticas, mas rapidamente se tornam meio irritantes quando ele tenta cantar músicas mais calmas e lentas.

Em Zenith, o grupo não produz uma música característica da banda sueca. Sendo pouco conhecedor da banda, acredito que é um passo pra trás do que eles vinham fazendo. A tentativa de criar algo mais voltado ao rock e menos voltado ao metal, acabou os deixando com um déficit de energia perceptível, o que incomoda ao longo da audição. É divertido de se ouvir, mas eu não recomendaria para quem deseja conhecer a banda. Vá de From Beyond ao invés!

Nota Final: 5,5/10

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