Review: Ironflame – Where Madness Dwells

O multi-instrumentista tem tocado em mais de meia dúzia de bandas diferentes ao longo dos anos, algumas delas bastante renomadas dentro da cena metal. Ele explica que ainda é um membro ativo de Brimstone Coven e Icarus Witch, ambas as bandas estão atualmente trabalhando em um novo material. Também está envolvido em um projeto de gravação de black metal chamado Nechochwen desde 2010.

Lucas Santos

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Gravadora: High Roller Records
Data de lançamento: 1/07/2022

Gênero: Heavy Metal
País: Estados Unidos


Há um pouco mais de 2 anos eu escrevia uma resenha bem interessante de um álbum que me chamou muito a atenção por ser de uma banda que eu nunca tinha ouvido falar. Parte da NWOTHM (New Wave of Traditional Heavy Metal) o Ironflame lançava o seu terceiro álbum de estúdio Blood Red Victory, um verdadeiro deleite para quem gosta do som alavancado por Iron Maiden, Judas Priest, Saxon e outros. No fim dos anos 70, e começo dos anos 80.

A principal mente criativa da banda, Andrew D’Cagna, de Ohio, não só é o “cara” do Ironflame como põe o nome em alguns outros projetos atualmente. O multi-instrumentista tem tocado em mais de meia dúzia de bandas diferentes ao longo dos anos, algumas delas bastante renomadas dentro da cena metal. Ele explica que ainda é um membro ativo de Brimstone Coven e Icarus Witch, ambas as bandas estão atualmente trabalhando em um novo material. Também está envolvido em um projeto de gravação de black metal chamado Nechochwen desde 2010.

Where Madness Dwells é o quarto álbum de longa duração do Ironflame, e Andrew o descreve da seguinte forma:

“A maior diferença entre este e nossos álbuns anteriores é definitivamente os conceitos líricos e a atmosfera geral do álbum. Até agora eu geralmente escrevia sobre temas épicos e as letras eram muito mais baseadas na fantasia. Este álbum é muito mais pessoal liricamente e trata de assuntos baseados na realidade. Escrevi o álbum no início da pandemia. Meu melhor amigo tinha acabado de perder sua batalha contra o câncer e o clima político do país estava em um estado muito volátil. Escolhi escrever sobre as coisas que aconteciam ao meu redor em vez dos conceitos épicos usuais. Até recentemente eu não tinha colocado muito foco nas letras de Ironflame. Para os primeiros álbuns, eu normalmente criava as letras das músicas enquanto as estava gravando. Eu realmente sinto que amadureci e cresci como letrista em “Blood Red Victory” e acho que as letras do novo álbum são meu melhor trabalho até agora.

Eu confesso que tive dificuldades de me aprofundar mais no novo trabalho. É meio óbvio que quando comecei a escutar o álbum eu esperava ouvir exatamente o som que me foi jogado. A influência óbvia de bandas citadas anteriormente estão bem expostas, principalmente do Iron Maiden. Os riffs de guitarra, os solos longos rápidos e melódicos e a sonoridade épica dão o tom completo do álbum. Seja em riffs mais cadenciados como em A Funeral Withing ou em faixas bem rápidas com cara de speed metal como em Ready To Strike, as dez faixas presentes em Where Madness Dwells são bem elaboradas e trazem um certo tom de nostalgia e pontualidade moderna em uma medida bastante satisfatória.

Os pontos que me menos me agradaram foram a produção; que soa bem opaca, principalmente em alguns momentos com as guitarras gêmeas e em vários exemplos durante os solos (o brilho das músicas se perdem quase por completo na hora dos solos e a falta de memorabilidade no álbum como um todo.

No mais, Where Madness Dwells é específico para os fãs de NWOBHM e metal tradicional que querem dar uma chance a uma banda mais desconhecida e até mesmo nova. Os tons épicos e os riffs criativos estão por toda parte. Aos amantes da dupla Dave Murray e Adrian Smith há algo certamente bem interessante para se dar uma chance. Se essa não é a sua praia, O Ironflame dificilmente é uma banda para você.

Nota final: 7/10

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