Review: Lords Of Black – Alchemy Of Souls, Pt. II

Por Lucas Santos

pós sua formação, a visão da banda era formar uma banda de metal com uma abordagem moderna combinada com elementos cativantes, melódicos e progressivos e depois de quatro álbuns em sua discografia, é correto afirma que Alchemy Of Souls, Pt. II é o seu melhor e maior trabalho até então.

Lucas Santos

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Gravadora: Frontiers
Data de lançamento: 15/10/2021

Gênero: Power Metal
País: Espanha


A banda espanhola Lords Of Black retorna após um anos com um novo álbum, o seguimento do bem recebido Alchemy Of Souls, Pt. I (2020). O novo álbum, Alchemy Of Souls, Pt. II é uma continuação temática da história iniciada no álbum anterior. Não sendo certamente um álbum conceitual, a segunda parte continua com uma temática pesada em suas canções, que falam de morte, escuridão e afins.

Musicalmente, o vocalista Ronnie Romero (Rainbow, Sunstorm, The Ferrymen) oferece uma performance vocal poderosa, como de costume, e o guitarrista Tony Hernando apresenta momentos de metal melódico que de grandiosa qualidade. Com o tempo de inatividade criado pela pandemia global, a banda trabalhou duro para criar um trabalho que fosse melhor e diferente do que eles fizeram no passado, e o novo álbum é o sucessor lógico do que começou no último ano e mostra uma nova maturidade musical da banda, que incorporou vários elementos musicais em seu estilo.

Alchemy Of Souls, Pt. II aumenta a percepção de que o Lords Of Black está pronto para ascender às camadas superiores do metal melódico europeu. Mais pesado e sombrio em comparação com o álbum que o precedeu, esse é um trabalho mais coeso e de mais qualidade, que deve agradar demais os fãs de metal melódico e progressivo. Após sua formação, a visão da banda era formar uma banda de metal com uma abordagem moderna combinada com elementos cativantes, melódicos e progressivos e depois de quatro álbuns em sua discografia, é correto afirma que Alchemy Of Souls, Pt. II é o seu melhor e maior trabalho até então.

Misturando tiros mais potentes e graves como Maker Of Nothingness e Mind Killer e baladas melosas e grandiosas como Before That Time Can Come, o trabalho é bem diversificado e tem em sua produção uma gordura muito bem calibrada que deixa as coisas muito mais emocionantes e dramáticas, perfeito para o metal melódico. Fated To Be Destroyed flerta com o death/doom e mostra Ronnie com vocais menos melódicos e mais rasgados. Temos bons exemplos de como esse trabalho é mais variado e mais completo que a parte I.

É inerentemente impossível escrever de algo chamado Alchemy Of Souls, Pt. I em 2020, e então escrever a “Parte II” em 2021 sem voltar à prequela para um ponto de referência. Nesse ponto, com a mesma formação da banda intacta e o som geral (felizmente) ainda no lugar, torna-se uma simples questão de comparar o trabalho anterior com o novo. Embora o álbum seja muito semelhante ao seu predecessor, ele de fato parece esticar a criatividade, a variedade e as zonas de conforto fazendo com que seu resultado final seja mais completo e mais agradável.

Como comentei no meio da resenha, Alchemy Of Souls, Pt. II é o melhor e mais importante esforço do Lords Of Black até o momento. Mesmo que para mim eles ainda sejam uma banda que muitas vezes soe genérica na esfera do metal melódico, esse álbum é o que mais me agradou e o que mais difere a banda e cria uma sonoridade própria comparada a outros atos. Part III será? Se eles continuarem nessa crescente, será muito bem vinda.


Nota final: 7,5/10

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