Por Lucas Santos

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Gravadora: AFM Records
Data de lançamento: 4/06/2021

Gênero: Thrash/Heavy Metal
País: Estados Unidos

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Pode não parecer, mas o Flotsam And Jetsam começou na mesma época de Metallica, Megadeth, Slayer e Venom, e viram os seus colegas terem seus dias ao sol, enquanto eles sempre ficaram em “segundo plano”, sem alcançar talvez uma maior fama e reconhecimento. Considerados nos círculos do metal como lendários, a banda ao longo de sua longa carreira foi um tanto atormentada por confusões de gravadoras, mudanças de lineup e outros eventos infelizes. No décimo quarto álbum, que sucede o incrível The End Of Chaos (2019), eles tem a difícil tarefa de continuar o caminho, do que foi, um dos melhores registros da banda.

“Vimos nossa base de fãs aumentar e vimos a resposta aos dois últimos álbuns ficando cada vez mais alta. Temos alguns dos fãs mais comprometidos e loucos do mundo. Nós alcançamos posições mais altas em nosso último álbum do que em qualquer momento de nossa carreira. Talvez nossa carreira seja semelhante à do Motorhead, que embora fosse sempre considerado icônico, não teve um grande avanço até o final de sua carreira. Sentimos que nossa hora é agora. . . Nós somos como aquele cachorro que foi chutado. . . estamos prontos para arrombar a porta e tirar o que é nosso. “

Vocalista Eric “AK” Knutson

A julgar pelo seu novo álbum, Blood In The Water, AK está certo. São doze faixas que destroçam os ouvidos do ouvinte e colocam a mensagem da banda nos corações dos fãs de metal mais obstinados. A faixa título inicial, nos apresenta imediatamente o que vem por ai, e mostra que esses caras não estão brincando. Enquanto a música sai gritando dos alto-falantes com uma seção rítmica frenética e guitarras batendo forte, em seguida, a entrega vocal apaixonada de AK sobe ao palanque dizendo: “Eles querem sua alma, seduzem você com suas mentiras, vendendo a morte, o fim do sublime. . . afundando no blecaute abaixo, há sangue na água! “

O álbum continua a dominar a partir daí, com Burn The Sky, o primeiro single, marcando seu caminho, seguido por Brace For Impact, que por sinal é uma boa descrição do que você precisa fazer quando você ouve este álbum. Existem diversas faixas que percorrem a mesma ideia, o fator supresa ou inovação fica de lado aqui, mas é que é impossível não levantar da cadeira. Cry For The Dead é uma faixa de partir o coração que fala sobre a perda de entes queridos e remete ao som clássico de Doomsday For The Deceiver. The Walls é uma vibrante música de Power Metal que fará você cantar o refrão por dias, e o álbum termina apropriadamente com um gravador chamado Seven Seconds ‘Til The End of the World, uma faixa mais progressiva que inclui algumas experimentações, incluindo um colapso orquestral.

Acompanhar ‘The End of Chaos ’(o último álbum do Flotsam) não foi uma tarefa fácil. Não tínhamos certeza do que tínhamos deixado no tanque, pois colocamos muito trabalho, suor e sangue naquele álbum. Acontece que ainda tínhamos muito a dizer. Com tudo o que aconteceu no mundo, os amigos que perdemos no ano passado, e não podermos nos apresentar ou fazer turnê … você ouve tudo isso em nossa música. É raivoso, é agressivo e nossas emoções se espalham por todo o álbum.

Michael Gilbert

O Flotsam And Jetsam percorreram um longo caminho desde que pisaram no palco com seu primeiro álbum, Doomsday For The Deceiver (1986), depois de uma sólida e bem impressionante discografia, Blood In The Water continua a digamos “grande fase” que a banda alcançou no começo dos anos 2010, mesmo que este último registro não seja tão marcante quando o último álbum, os apreciadores de Thrash Metal e fãs da banda vão ficar muito contentes com o resultado.

Nota final: 6,5/10