Review: Silvertomb – Edge Of Existence

Por Lucas Santos

As semelhanças com a banda passada de Hickey são grandes. O som arrastado e mais lento, assim como guitarras agressivas e distorcidas tomam frente em grande parte das canções.

Lucas Santos

Confira mais metal:
Dragonforce – Extreme Power Metal
Opeth – In Cauda Venenum
As I Lay Dying – Shaped By Fire
Of Mice & Men – EARTHANDSKY
Screamer – Highway of Heroes
Knocked Loose – A Different Shade Of Blue

Gravadora: Long Branch Records
Data de lançamento: 1/11/2019

Formado no desmembramento do Type O Negative e Seventh Void, o Silvertomb é o mais recente empreendimento musical de Kenny Hickey (Type O Negative, Seventh Void), Johnny Kelly (Type O Negative, Danzig) e Hank Hell (Seventh Void, Inhuman) Desta vez, unindo-se ao veterano do hardcore de Nova York, Joseph James (Agnostic Front, Inhuman) na guitarra e Aaron Joos (Awaken The Shadow, Empyreon) nas teclas, guitarra e vocais de apoio, combinando estilos musicais que vão de Pink Floyd e Black Sabbath em uma jornada sônica e esmagadora que traz elementos das antigas bandas principais mas com roupagens e ideias novas.

O conceito de Edge of Existence, álbum de estréia do “supergrupo”, acho que podemos chamá-los assim, explora as lutas pessoais de Kenny com vício, amor e suicídio, e a morte do seu cantor e vocalista Peter Steele em 2010 e a subsequente dissolução de sua antiga e famosa banda. Em 2018 a banda lançou o single Insomnia dando uma prévia de como soaria um possível debut, e já no começo de 2019 eles anunciaram que o trabalho de estréia seria lançado ainda no mesmo ano.

Love You Without No Lies é a segunda faixa do álbum e também foi o segundo single disponibilizado. Kenny Hickey disse o seguinte a respeito da música:

“A primeira música escrita para o álbum Edge Of Existence, Love You Without No Lies foi concebida antes do tecladista Aaron Joos ser adicionado à programação. O teclado foi então adaptado para a música. A introdução do piano era originalmente uma introdução da guitarra tocada por Joe James e teclas distorcidas foram adicionadas aos versos e órgãos de Hammond aos refrões. A letra questiona se o amor é possível sem algum grau de ocultação consciente ou desonestidade.

Kenny Hickey

As semelhanças com a banda passada de Hickey são grandes. O som arrastado e mais lento, assim como guitarras agressivas e distorcidas tomam frente em grande parte das canções,eles optam diversas vezes por uma abordagem mais atmosférica também. A voz de Kenny é um pouco mais agudo que a de Steele o que nos fornece uma dose agnoniante, como se ele estivesse sempre implorando por ajuda e deseperado. Alguns gritos como nas faixas Not Your Savior e One of You são demoníacos, e os riffs são poderosos e transmitem toda a angústia e aflição contidas nas letras.

Apesar de ter apenas 9 faixas, achei o álbum muito arrastado em certas ocasiões, algumas ideias se confundem um pouco e não se encaixam direito, principalmente quando a parte acústica entrar mesclada com os vocais de Kenny, algumas faixas são repetitivas e cometem o mesmo erro. No mais a atuação do grupo é louvável, o tom das guitarras é o brilho principal de Edge Of Existence.

Uma estréia interessante que não faz muito alarde, porém para aqueles que carecem de um material novo que se assemelha ao Type O Negative, esse seria um álbum interessante de se conferir. Boas doses de angústia, peso e escuridão te aguardam.

Nota final: 7/10

Um comentário sobre “Review: Silvertomb – Edge Of Existence

Deixe uma resposta