Review: Defeater – Defeater

Por Lucas Santos

Tudo no álbum soa muito triste, melancólico e arrastado, sempre seguindo uma mesma linha de modelagem e construção.

Lucas Santos

Confira mais Hardcore:
Tripsitter – The Other Side Of Darkness
Employed To Serve – Eternal Forward Motion
Polar – Nova

Gravadora: Epitaph Records
Data de lançamento: 10/05/2019

Amor imensurável por capas minimalistas.

Liricamente, Defeater é uma banda conceitual. Toda a sua música serve como narração sobre uma história abrangente, contando sobre as lutas de uma família de Nova Jersey, de classe trabalhadora, na era da pós-guerra. O vocalista Derek Archambault afirmou em uma entrevista em 2009 que, todo o trabalho da banda aconteceria dentro desta história. E assim seguiu, ao longo dos 4 álbuns lançados. O seu quinto álbum, homônimo, dá sequência a essa história, e para os seguidores mais fiéis, liga pontos desconexos dos lançamentos anteriores.

Originária de Boston, Massachussetts, sempre foram muito presentes no cenário de Hardcore melódico da região, procurando expandir seu constantemente seu som, mas se mantendo fiel a proposta inicial do projeto.

As faixas iniciais, The Worst of Fates List & Heel, lembram algo muito parecido com que o Tripsiter fez em The Other Side of Darkness. Tudo no álbum soa muito triste, melancólico e arrastado, sempre seguindo uma mesma linha de modelagem e construção. Não há os momentos acústicos de alívio encontrados em seus primeiros trabalhos. Algumas passagens mais melódicas são encontradas em Mother’s Son e All Roads, mas essas partes são pequenas, comparadas ao restante das 11 faixas.

Analisar uma banda tão complexa como Defeater, chegando atrasado em seu material, tornou essa, a análise mais difícil que já escrevi para a The Rock Life. Com um cuidado imenso para não distorcer e escrever detalhes que foram mal interpretados e irreais, tentei me conter apenas na parte musical, a parte da multiplicidade lírica e conceitual.

No papel, Defeater é um projeto fantástico. Porém, o álbum auto intitulado de qual falamos no momento, se torna cansativo demais com o passar das horas. É uma indicação que faço para todos. A experiência de se ouvir qualquer material do grupo de Boston é única e muito pessoal. Talvez daqui a um tempo, gastando maiores momentos imersos em todo a sua discografia, eu posso mudar de ideia. Mas no momento, é algo que eu admiro, contudo, não morro de amores.

Nota final: 6,5/10

Confira mais links:

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